O avô do bebê, de um ano e 11 meses, que teria sido espancado pelo próprio pai conversou, com exclusividade, com a equipe da TV Vitória/ Record TV. Sem se identificar, ele afirma que não imagina o que a filha estava passando ao lado do marido. Segundo os médicos, a criança apresentava sinais de maus- tratos, e segue internado em estado grave no Hospital Infantil de Vitória.
“Eu me sinto igual ao meu neto, morrendo aos poucos, porque não tem nem palavras o que ele [o pai] fez com meu neto. A minha filha está lá em Conceição da Barra e eu aqui em Vitória. Não tinha como eu saber. Ela me ligava e falava que estava tudo bem”, contou o avô da criança.
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Só depois da tragédia a filha criou coragem e contou tudo para o pai. “Ela disse que não me falou porque ele a ameaçava. Falava que se contasse ele iri bater nela como batia no menino. Ele também disse para ela que me mataria e ficava ameaçando todo mundo”, afirmou.
O avô disse que a família não via com bons olhos o casamento da filha, mas aceitou, já que todos conheciam o rapaz. “Eu o conhecia desde criança, mas não sabia que ele era esse monstro que pareceu ser”, afirmou.
O homem também contou que vai lutar pela guarda do neto e também vai ficar perto da filha, que está grávida de seis meses. Ela não foi ao hospital nesta quarta-feira (1). Segundo o avô, ela mal consegue sair de casa. “Ela e o que está na barriga, além do que está no hospital, vão para minha casa. Ela está arrasada e com outro filho dele na barriga”.
O bebê estava na emergência, mas de acordo com o avô da criança, foi transferido para Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ainda segundo o avô, os médicos disseram que a UTI tem mais recursos e o bebê pode ser melhor assistido.
O pai da criança, suspeito de espancar o próprio filho, tem 19 anos e tinha um mandado de prisão em aberto por homicídio. Por isso, depois de prestar depoimento na Delegacia de Conceição da Barra, foi levado para o presídio.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o estado da criança ainda é grave. A Polícia Civil investiga o caso. O Conselho Tutelar de Vitória também está apurando, mas não quer comentar o assunto para não atrapalhar as investigações. O Ministério Público também foi acionado.
