
Um jovem de 24 anos foi preso nesta terça-feira (02) suspeito de se passar por advogado e aplicar golpes em pelo menos 10 pessoas no município de Guaçuí, no Sul do Espírito Santo. Ele cobrava valores que ultrapassavam R$ 5 mil.
Segundo a Polícia Civil, Isaque César Ribeiro Lovato prometia defender clientes em ações cíveis, trabalhistas e de infrações de trânsito. Ele chegou a estudar em uma faculdade de Direito, mas não se formou e utilizava um documento falsificado com número inexistente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O suspeito, segundo a polícia, chegou a falsificar a assinatura do presidente e da vice-presidente da subseção da OAB de Guaçuí. As investigações, que começaram no início de novembro, apontaram que o falso advogado alterava decisões judiciais e fazia procurações usando dados das vítimas.
Segundo o presidente da OAB do município, Luiz Moulin, Isaque também falsificava decisões do Departamento de Trânsito (Detran-ES) com o objetivo de mostrar para as vítimas que ele teria ganhado recursos administrativos.
Ele teria feito alteração com o intuito de pegar dinheiro das vítimas. Isso chamou a nossa atenção para a forma que ele vinha agindo. A partir disso, a OAB começou a atuar com mais veemência junto com a Polícia Civil”
Luiz Moulin, presidente da OAB de Guaçuí
O suspeito também produziu um convite falso para a entrega da carteira de identidade de advogado, um evento que não existia.

O jovem usava um escritório de advocacia conhecido no Centro de Guaçuí para realizar os atendimentos e reuniões. Os proprietários do local relataram às investigações que também foram enganados pelo falso advogado.
Algumas das vítimas disseram que ele se recusava a devolver documentos e ressarcir os valores pagos, mesmo após o crime ter sido descoberto. A Polícia Civil agora espera que novos crimes e novas vítimas possam ser constatados.
Durante as buscas, a PC apreendeu 30 procurações falsas, um documento de identidade, cópias de documentos dos clientes e notas promissórias que seriam pagas até 2026.

Isaque foi preso preventivamente e irá responder por estelionato, uso de documento falso, falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão. O Folha Vitória tenta localizar a defesa do suspeito e mantém este espaço aberto para manifestação.
*Com informações da TV Vitória