
Foi só na semana passada que a família de Lucas Rogério de Oliveira pôde enfim sepultar o corpo do rapaz. A confirmação da identidade veio por meio de um exame de DNA, quase um mês após a descoberta do carro carbonizado com duas ossadas dentro, no bairro Vila Cajueiro, em Cariacica, no dia 27 de junho.3
Essa espera é muito complicada. É praticamente um terror para a gente.
Pai de Lucas
Lucas tinha 30 anos, era empresário do ramo de transportes e alimentação e pai de um menino de oito anos. Segundo a família, era trabalhador e sonhava com mais tranquilidade. Pouco antes da morte, havia comprado uma casa no Balneário de Ponta da Fruta.
Na manhã do dia em que desapareceu, ele deixou a cadela da família no pet shop da madrasta, em Vila Velha, acompanhado da namorada. Disse que ia “cobrar algo”. Mais tarde, voltou, deixou a companheira na faculdade… e desapareceu. Parou de responder mensagens por volta das 17h.
No dia seguinte, a Polícia Militar foi chamada por causa de um carro em chamas. O veículo era blindado e havia sido comprado por Lucas dias antes. Dentro, havia duas ossadas. O pai reconheceu, no local, uma correntinha de ouro que era presente antigo da família.

A perícia confirmou apenas uma identidade: a de Lucas. A segunda ossada ainda é um mistério. Há suspeita de que seja de um animal, mas isso ainda não foi confirmado. A família do empresário cobre respostas:
Foi com muita tristeza, mas também um alívio poder enterrar meu filho. Agora, só queremos justiça. É terrível… o neto dele brinca aqui em casa e de repente a gente desaba. As lágrimas descem. É muito cruel o que aconteceu com ele, diz o pai
A Polícia Civil investiga o caso como “encontro de cadáver” e informou que a apuração está em andamento. Por enquanto, não há informações sobre suspeitos ou motivação do crime.
Veja o relato do pai de Lucas:
*Texto sob a supervisão da editora Erika Santos, com informações do repórter Rodrigo Schereder, da TV Vitória/Record