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Família de grávida assassinada na Serra diz que namorado não queria bebê

Kimberly Oliveira da Cruz estava grávida de 3 meses e faria exame nesta sexta (6) para descobrir o sexo do bebê. No entanto, o dia ficou marcado por seu sepultamento

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Foto: Arte Folha Vitória

Familiares da jovem Kimberly Oliveira da Cruz, de 23 anos, morta a tiros na madrugada da última quinta-feira (5) na casa do namorado, em Nova Carapina II, na Serra, afirmam que o namorado dela queria que ela interrompesse a gravidez. 

A vítima estava grávida de três meses e já se aproximava do quarto mês de gestação. Inclusive, nesta sexta-feira (6), Kimberly faria um exame de ultrassom para saber o sexo do bebê que esperava.

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No entanto, o dia ficou marcado pelo sepultamento da jovem, que foi enterrada no Cemitério São Domingos, na Serra, durante a manhã.

“A gente soube que era um menino, pela autópsia. Seria um momento feliz, de comemoração, mas infelizmente veio esse infeliz e tirou a vida da minha sobrinha”, disse à reportagem da TV Vitória/Record TV uma tia de Kimberly, que preferiu não se identificar, referindo-se ao namorado da jovem.

O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil e, até o momento, nenhum suspeito foi detido. A PCES informou que testemunhas ainda estão sendo ouvidas, mas não deu mais detalhes, para não atrapalhar as investigações.

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Para a Polícia Militar, o namorado da vítima contou que os dois estavam na casa dele, que é alugada, quando um homem teria invadido o imóvel, surpreendendo o casal.

Ainda de acordo com a versão do namorado, o homem ordenou que o rapaz fosse para o banheiro. Enquanto isso, segundo ele, ouviu o criminoso fazendo algumas perguntas para a namorada e, em seguida, teriam ocorrido os disparos.

Diante disso, ele contou que saiu imediatamente do banheiro e encontrou a mulher baleada em um colchão na sala. O Samu foi acionado e constatou o óbito da vítima. 

Foto: TV Vitória
Namorado contou à polícia que viu a jovem caída no colchão logo após sair do banheiro

Namorado teria pedido para jovem fazer aborto

Os parentes da jovem, no entanto, não acreditam nessa versão. Segundo a tia da vítima, o casal teve uma discussão pouco antes do crime acontecer.

“Ele é um monstro! Bandido nenhum vai invadir uma casa e deixar uma testemunha presa no banheiro, ilesa, sem um arranhão nem nada. Esse é o nosso pensamento. Ele é um monstro, planejou isso tudo! Inclusive, nós ficamos sabendo que tiveram discussões de madrugada, às 3h”.

A mulher contou ainda que a família soube que o namorado não reagiu bem à notícia de que Kimberly esperava um filho seu. 

“Quando ela ficou sabendo da gestação e contou para ele, ele pediu para abortar. Ele não queria a criança. Então a gente vem juntando as pecinhas do quebra-cabeça, né?”.

Familiares da jovem também contaram para a equipe da TV Vitória que ela não morava com o namorado. Segundo eles, depois que ela descobriu que estava grávida, os dois tiveram uma conversa e ela, então, passou a frequentar a casa que ele havia alugado para morar.

Os parentes contam ainda que a relação dele com a família da jovem era bem distante, já que ele tinha muito ciúmes de Kimberly.

“Ele é uma pessoa possessiva, era muito ciumento”, afirmou a tia, que disse ainda que o rapaz tinha ciúmes até mesmo dos abraços que os primos dava nela.

A família da vítima agora pede que o caso não se torne mais um em meio às estatísticas de violência contra a mulher. Pede ainda que o autor do crime seja encontrado e preso o quanto antes.

“A gente pede a justiça divina, mas também a gente pede a justiça do homem, que não seja falha. Isso não pode ficar impune”, disse a tia.

Com informações da repórter Ana Carolini Mota, da TV Vitória/Record TV