Polícia

Golpe do consórcio imobiliário: suspeito é preso em festa junina

Felipe Pereira de Souza é suspeito de aplicar golpes do falso consórcio imobiliário, gerando prejuízo de cerca de R$ 31 mil

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Suspeito de estelionato e estupro é preso em festa julina
Foto: Polícia Civil/ Divulgação

A Polícia Civil prendeu um homem, de 26 anos, suspeito de aplicar golpes do falso consórcio imobiliário, gerando prejuízo de cerca de R$ 31 mil em três vítimas em Vitória. Felipe Pereira de Souza também possuía um mandado de prisão por estupro de vulnerável de uma criança de 12 anos.

A prisão, realizada ao sair de uma festa junina no dia 10 de julho, faz parte da 2ª fase da Operação Consórcio Falido. Felipe também possui passagens por atos infracionais análogos aos crimes de tráfico de drogas, porte de arma de fogo e homicídio.

Durante uma coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (17), foi detalhado que ele é suspeito de oferecer consórcios falsos a pessoas interessadas na aquisição de imóveis, por meio de plataformas nas redes sociais.

Eles anunciam um apartamento, um imóvel, em uma rede social, geralmente o OLX. A partir dali, a vítima entra em contato com esses estelionatários. Nesse caso, esse indivíduo aplicou um golpe de R$ 31 mil contra três vítimas. A gente tem convicção de que existem outras, disse o titular do 3º Distrito Policial, delegado Diego Bermond.

Durante o golpe, Felipe Pereira usava um escritório de três andares, na Enseada do Suá, área nobre de Vitória, como uma isca para ganhar a confiança das vítimas. “Um escritório chique, num local de alto padrão, ele muito bem-arrumado, falava muito bem e lá se consumava o crime”.

Ainda segundo o delegado, ele falava para as vítimas darem um valor inicial como uma entrada do imóvel, a título de adesão do contrato de consórcio. As vítimas pagavam um valor mensal, que era transferido para uma conta própria do investigado ou empresa de fachada.

“Quando as vítimas percebiam que elas não estavam sendo contempladas pela carta de crédito, tentavam entrar em contato com ele, com esse indivíduo, mas ele cortava qualquer tipo de comunicação, narra o delegado.

O delegado também descreveu que o órgão está na fase de investigação do crime para identificar outras vítimas. “Estamos na fase de identificar outras vítimas e com três delas, já temos o suficiente para o indiciamento. A investigação criminal ainda não terminou”.

Crime de estupro de vulnerável

Além dos crimes de estelionato, passagens por atos infracionais análogos aos crimes de tráfico de drogas, porte de arma de fogo e homicídio, Felipe possuía um mandado de prisão em aberto por estupro de vulnerável.

A adjunta da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegada Thais Cruz, descreve que o caso foi registrado no mês de julho de 2024, quando uma mãe denunciou que a filha de 12 anos foi abusada sexualmente por um adulto.

Essa mãe tomou conhecimento porque ela foi surpreendida com uma mulher indo à casa dela, no portão dela, agredir a filha dela por ter se envolvido com homem casado. Chamou a nossa atenção, como estava falando o delegado Diego, que ele é muito bom de induzir de lábia, ele sabe como enganar uma mulher, então ele se aproveitou da idade para cometer o crime.

As investigações também mostraram que antes de Felipe Pereira manter relação sexual com a adolescente, ele passou dois meses conversando com ela. “Ela ia deixar o irmãozinho no CMEI e ele ia buscar os filhos. Começou a ter contato com ela até que um dia eles marcaram e mantiveram a relação sexual”.

Primeira fase foi deflagrada em abril

Ainda segundo a polícia, Felipe já teria trabalhado com Antony de Oliveira Braz Amorim, de 28 anos, preso em abril deste ano por suspeita de aplicar o mesmo golpe.

Na ocasião, foram apreendidas munições e uma pistola 9 milímetros. A investigação aponta que pelo menos 10 pessoas teriam sido vítimas do esquema, num prejuízo superior de R$ 500 mil.

“A gente sabia como era o modus operandi desses indivíduos, haja vista a primeira fase da operação. Temos outros investigados e pretendemos cumprir outras fases para prender outros indivíduos, disse o delegado Diego Bermond.

O espaço da matéria do Folha Vitória segue aberto para a manifestação da defesa de Felipe Pereira de Souza.

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória

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