Polícia

Greve de fome em presídio de Viana pode acabar nas próximas horas, diz Sejus

De acordo com a Secretaria de Justiça, o protesto iniciado pelos internos já perde força e alguns dos detentos já não se recusam mais a receber alimentação

Greve de fome em presídio de Viana pode acabar nas próximas horas, diz Sejus Greve de fome em presídio de Viana pode acabar nas próximas horas, diz Sejus Greve de fome em presídio de Viana pode acabar nas próximas horas, diz Sejus Greve de fome em presídio de Viana pode acabar nas próximas horas, diz Sejus
Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

A Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus) informou que a greve de fome iniciada por alguns detentos da Penitenciária de Segurança Máxima 1, em Viana, na última segunda-feira (22), pode ser encerrada ainda na noite desta quinta-feira (25). 

De acordo com a Sejus, o protesto iniciado pelos internos já perdeu força e alguns dos detentos já não se recusam mais a receber alimentação. 

“Internos de algumas galerias da Penitenciária de Segurança Máxima 1, em Viana, iniciaram uma greve de fome na segunda-feira (22). Esse movimento já está perdendo força e deve evoluir para o fim nas próximas horas, tendo em vista que muitos detentos não se recusam mais a receber a alimentação”, disse a Sejus por nota. 

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A Sejus informou que recebeu representantes do presídio nesta quinta-feira e que mantém diálogo com representantes de órgãos ligados ao sistema de justiça e direitos humanos, além de manter contato com familiares dos próprios detentos.

Ainda de acordo com a Sejus, a entrega de itens de higiene, alimentação e de vestuário aos detentos segue normal no local, e não foi interrompida durante a duração da greve de fome. 

“A Secretaria reitera que as ações realizadas na unidade são acompanhadas pelos órgãos da execução penal e de Direitos Humanos e que os procedimentos adotados seguem as diretrizes da Lei de Execução Penal e os princípios da dignidade humana”, afirmou a Sejus. 

O que diz o Ministério Público

Procurado pela reportagem, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) informou que acompanha a situação e que age em parceria com outras instituições para solucionar a questão no presídio. 

Além disso, afirmou que é necessário manter as condições para que os detentos possam cumprir suas penas e que a segurança dos servidores do sistema prisional seja resguardada. Veja o posicionamento na íntegra. 

“O Ministério Público do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo Especial de Trabalho em Execução Penal (GETEP), informa que está acompanhando situação e atua, em parceria com outras instituições e segmentos da sociedade, com o objetivo de adotar as providências necessárias para solucionar a questão, de forma a garantir as condições para o cumprimento das penas e para resguardar a segurança dos servidores que atuam no sistema prisional.”

A Secretaria de Estado de Direitos Humanos (Sedh) foi procurada para comentar o caso, mas até o momento, sem resposta. O espaço continua aberto e a matéria será atualizada assim que houver retorno. 

Início da greve de fome 

O protesto teve início após um tumulto durante o horário de visitação social, quando detentos de alguns pavilhões se recusaram a retornar às suas celas após o horário de visitação no sábado, dia 20 de janeiro. 

A Sejus informou que policiais penais precisaram utilizar munição não letal para conter a confusão, mas alguns dos detentos deram início ao protesto, por conta da confusão. 

À época, um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) foi instaurado para investigar o motivo da confusão e punir os responsáveis, de acordo com a Sejus. 

Leia Também: Após tumulto em dia de visitas, detentos fazem greve de fome em presídio de Viana

Guilherme Lage, repórter do Folha Vitória
Guilherme Lage

Repórter

Formado em Jornalismo, é repórter do Folha Vitória desde 2023. Amante de música e cinema.

Formado em Jornalismo, é repórter do Folha Vitória desde 2023. Amante de música e cinema.