A Polícia Civil identificou cinco pessoas envolvidas no assassinato de João Vitor Alves Pereira, de 20 anos, crime motivado pela guerra entre facções que disputam o domínio do tráfico de drogas no morro do Jaburuna, em Vila Velha. O crime aconteceu no dia 1º de junho.
Imagens de câmeras de videomonitoramento conseguidas durante a investigação mostram os três executores chegando ao local do assassinato, armados, e depois deixando a área, após a morte de João Vitor.
Os três executores, segundo a investigações, são:
- Marcos Gabriel Teixeira de Andrade, 27, conhecido como GB;
- João Soares Neto, 31, conhecido como Netinho;
- Nicolas Azevedo Soares, 19, conhecido como Oliveira.
GB e Netinho foram presos em flagrante logo após o crime e Oliveira foi assassinado dias depois, em retaliação ao homicídio de João Vitor.
As apurações revelaram que o mandante do assassinato de João Vitor é Luan Resende Buarque, 35, conhecido como Luanzinho, uma das lideranças da facção Terceiro Comando Puro (TCP), que tenta tirar do Primeiro Comando de Vitória (PCV) o domínio do tráfico de drogas na região de Jaburuna.
Luanzinho já cumpre pena em um presídio do Rio de Janeiro e agora vai responder por mais esse assassinato. Segundo a polícia, Luanzinho ordena, de dentro do presídio, as execuções dos inimigos da organização criminosa em terras capixabas.
O quarto envolvido no assassinato é João dos Santos Vitor Antunes, 22, conhecido como Vitinho ou Caticoco. Ele teria dado apoio aos executores, buscando-os de carro em Jaburuna logo após o crime e levava armamento para uma casa que funcionava como ponto de apoio da facção, localizada no alto do morro do Jaburuna. Caticoco está foragido.
Durante as diligências, a polícia apreendeu três pistolas calibre 9 mm, uma espingarda calibre 12, carregadores e munição de fuzis.
“Isso mostra o forte armamento que essa facção tem”, declarou o delegado adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, Adriano Fernandes.
A polícia pede para a população ajudar a encontrar Caticoco realizando denúncias por meio do número 181. O anonimato é garantido.