
Um homem, identificado como Guilherme dos Santos Braz Silva, de 23 anos, morreu durante uma operação da Força Tática, da Polícia Militar, no final da tarde de sábado (15), no bairro Maringá, na Serra. A corporação afirma que a morte ocorreu durante confronto, mas moradores contestam a versão.
Segundo a PM, a equipe realizava patrulhamento pelo bairro quando receberam uma denúncia anônima de que suspeitos armados estariam traficando drogas em uma escadaria com saída para uma região de mata.
Os policiais militares realizaram o patrulhamento a pé pela área de mata até o final da escadaria. Em determinado momento, Guilherme teria descido a escadaria correndo segurando um revólver calibre 38.
“Foi dada ordem para que ele largasse o armamento, porém o indivíduo não obedeceu. Em seguida, o indivíduo apontou a arma na direção de um militar”, afirma a PM em nota.
O policial atirou e atingiu Guilherme, que foi socorrido pela Polícia Militar ao Hospital Jayme Santos Neves, também na Serra, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu.
Moradores contestaram a versão da PM e afirmaram que Guilherme não apontou a arma para os policiais.
Segundo a Polícia Militar, com Guilherme foram apreendidos um revólver calibre 38, carregado com seis munições, 25 munições do mesmo calibre, 36 pinos de cocaína, cinco unidades de skunk, 16 unidades de haxixe, 20 buchas de maconha, 17 pedras de crack e um aparelho celular.
Outros dois suspeitos que também desciam a escadaria no momento da intervenção fugiram e não foram localizados.
Investigação
A ocorrência foi registrada na 3ª Delegacia Regional e o corpo de Guilherme foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) da Polícia Científica, em Vitória.
A arma apreendida será encaminhada para o Departamento de Balística Forense, da Polícia Científica (PCIES), juntamente com as munições, enquanto que as drogas apreendidas serão encaminhadas para o Laboratório de Química Forense, da Polícia Científica (PCIES), para serem analisadas e, posteriormente, incineradas.
“O caso seguirá sob investigação do Serviço de Investigações Especiais (SIE) do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP), responsável por apurar ocorrências de morte por intervenção legal de agente do Estado”, informou a Polícia Civil.
*Com informações do repórter Rodrigo Schereder, da TV Vitória/ Record