Um homem suspeito de vender armas e munições através de um aplicativo de mensagens e das redes sociais foi preso no bairro Vila Bethânia, em Viana, no último dia 14 e já virou réu em ação penal.
O suspeito era investigado pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), da Polícia Civil do Espírito Santo. Ele foi identificado como Gabriel Mateus das Neves, de 30 anos.
No celular dele, a polícia encontrou várias imagens de armas e munições, que estavam sendo enviadas em grupos de compra e venda do Whatsapp.
Gabriel promovia o comércio ilegal de armas por meio de redes sociais, grupos de Whatsapp e outros meios de comunicação. Identificamos que a atividade profissional dele é a compra e venda de produtos usados, o que normalmente coincide com a atividade de quem promove a compra e venda de armas.
Delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, titular da Desarme.
Segundo a polícia, Gabriel vendia desde produtos lícitos até ilícitos, como armas e munições. Depois do cumprimento do mandado de busca e apreensão em sua residência, a polícia encontrou as imagens do material que ele comercializava.
No momento da prisão, na casa dele, foram apreendidos munições para escopeta calibre 12 e o celular do suspeito.
O homem já tem duas passagens anteriores pela polícia por posse ilegal de arma de fogo. Familiares foram até a delegacia para pagar a fiança de Gabriel, mas o crime de comércio ilegal de armas de fogo é inafiançável.
Como ele estava acostumado a ser preso por posse ou porte ilegal de arma, que são afiançáveis, ele tinha a expectativa de pagar a fiança. Porém, o comércio ilegal de armas de fogo não permite. Este crime é equiparado aos crimes hediondos.
Delegado Guilherme Eugênio Rodrigues
O celular do suspeito será periciado para a identificação de mais grupos de mensagens deste tipo, da origem das armas e dos compradores.
Ainda segundo o delegado, Gabriel compartilhou áudios e imagens que podem contribuir com a investigação. A extração de informações ainda está em curso.
Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e se tornou réu em ação penal. Se condenado, Gabriel pode pegar até quatro anos de prisão.
*Com informações da repórter Thainara Ferreira, da TV Vitória/Record