Agressões

Hotelzinho em Linhares: proprietária e funcionárias são indiciadas por maus-tratos contra crianças

A polícia descobriu que as funcionárias acordavam as crianças de forma violenta, com gritos e jatos de água misturada com creme capilar no rosto

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Maus-tratos em hotel de Linhares. Foto: Reprodução/TV Vitória
Maus-tratos em hotel de Linhares. Foto: Reprodução/TV Vitória

A Polícia Civil finalizou as investigações e indiciou a proprietária, de 44 anos, uma funcionária, de 19, e uma estagiária, de 18, pelo crime de maus-tratos contra crianças em um “hotelzinho” localizado no bairro Palmital, em Linhares.

As agressões, registradas no início de setembro, foram flagradas em gravações, com pouco mais de 30 segundos, em um dos quartos do estabelecimento. Elas mostram ao menos 15 crianças em idade pré-escolar. Veja as imagens no vídeo abaixo:

Durante as investigações, conduzidas pela Delegacia Regional de Linhares, foi constatado que as mulheres atuavam como estagiárias do ensino médio e que não possuíam formação profissional para cuidar de crianças.

Acordaram as crianças de forma violenta e inadequada, com gritos, batidas na porta onde dormiam e jatos de água misturada com creme capilar diretamente sobre o rosto das crianças, inclusive atingindo os olhos de pelo menos uma delas.

Polícia Civil

Além disso, toda a agressão foi filmada por uma das funcionárias e o vídeo foi divulgado em redes sociais e grupos de WhatsApp, expondo as vítimas a constrangimento público.

Proprietária recebeu reclamações e manteve funcionárias

Foi identificado pela polícia que a proprietária do estabelecimento, mesmo com conhecimento das reclamações dos pais sobre as condutas inadequadas, manteve o trabalho sem a devida supervisão.

Diante das acusações, a Prefeitura Municipal de Linhares suspendeu as atividades no local, pois faltavam alvarás de funcionamento.

As três mulheres foram indiciadas pelos crimes de submeter criança a vexame ou constrangimento e expor o perigo a vida ou a saúde.

Advogado diz que cliente não tinha conhecimento

Na época do crime, o advogado da proprietária do hotelzinho, Júnior Mendonça, disse que a cliente não tinha conhecimento das agressões que eram realizadas por meio das funcionárias. Diante disso, foi feito um boletim de ocorrência para tomar as providências cabíveis.

No mesmo momento que ela chamou nosso escritório, fomos até a Delegacia de Polícia Civil, fizemos um boletim de ocorrência para o delegado tomar todas as providências cabíveis. Para que aquelas duas moças que fizeram esse ato de covardia com as crianças sejam responsabilizadas.

Júnior Mendonça, advogado da proprietária do hotelzinho

A reportagem do Folha Vitória e da TV Vitória tentam contato com a defesa dos indiciados no hotelzinho em Linhares. O espaço está aberto e a matéria será atualizada assim que houver o retorno.

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória

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