Um idoso identificado como Adão Tavares de Souza, 74 anos, foi assassinado dentro do baú de um caminhão no bairro Village do Sol, em Guarapari. A vítima, que era conhecida na região como Seu Adão, morava dentro do baú do caminhão onde aconteceu o crime.
O idoso era bem conhecido no bairro. Segundo moradores, a vítima costumava criar peixes em um tanque e era apaixonada por animais. O cão de estimação dele permanece no terreno desde a morte do dono.
Testemunhas disseram que, pela manhã, um veículo parou no local onde Seu Adão morava. Algumas pessoas desceram, começaram a discutir com a vítima por conta de uma van branca que está estacionada no terreno. O cerne da discussão seria a documentação do veículo.
Quando saíram do local, fizeram uma ameaça dizendo que voltariam para matar o idoso. Seu Adão não acreditou e não saiu do local. Ele entrou no caminhão baú e foi descansar.
Segundo as testemunhas, à noite, os suspeitos voltaram em um carro muito parecido com o que foi ao local pela manhã. Dentro do baú dispararam três vezes e na rua deram dois tiros para cima.
Ninguém soube dizer quem estava no carro. Uma vizinha contou à reportagem da TV Vitória que tomava café da manhã com a vítima todos os dias. Na manhã desta sexta-feira (19), ela chegou no local e percebeu que Seu Adão estava virado de bruços dentro do caminhão, onde havia sangue.
Com medo, a mulher voltou para casa e contou para o marido o que tinha visto. A Polícia Militar foi acionada e constatou a morte.
A Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Guarapari.
Até o momento, nenhum suspeito foi detido e detalhes da investigação não serão divulgados, no momento. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares.
A família pede por justiça e lamenta a morte do idoso. Uma testemunha conversou com a equipe da TV Vitória e contou um pouco sobre quem era Seu Adão e por que ele levava uma vida tão diferente e incomum.
“Ele era uma pessoa bem decidida na vida. Ele gostava de morar assim. Não era por questão de dinheiro, não era por questão financeira. Foi um estilo de vida que ele adotou para si. Ele foi casado, teve três filhos e quando se divorciou da esposa, decidiu viver essa vida. Gostava de mexer com criação, com gado, com porco, com carregamento de terra, com sítio, com fazenda, alugava, arrendava… vivia. Enquanto ele aguentava trabalhar, ele lidava na roça”, contou.
Veja vídeo do depoimento: