O influenciador digital Hytalo Santos foi preso na manhã desta sexta-feira (15), em São Paulo. Ele é alvo de investigações conduzidas pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), estado natal, e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
As apurações apontam que o influenciador teria submetido adolescentes à adultização e à exposição com conotação sexual para obter lucro. Defesa dele não foi localizada.
O que aconteceu com Hytalo Santos?
O caso ganhou maior repercussão após Hytalo ser citado em um vídeo do criador de conteúdo Felipe Bressanim, conhecido como Felca, que alcançou milhões de visualizações no YouTube e levou parlamentares a debaterem possíveis mudanças na legislação para reforçar a proteção de jovens na internet.
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Na quinta-feira (14), o influenciador digital foi alvo de uma ordem de busca e apreensão emitida pelo juiz Adhailton Lacet Correia Porto, da 1ª Vara da Infância e Juventude da Paraíba. Oficiais de Justiça e policiais militares foram à casa do influenciador, em um condomínio fechado em João Pessoa, na Paraíba, para cumprir a decisão, e encontraram portas fechadas.
Ao chegarem, encontraram o quintal acessível e uma máquina de lavar em funcionamento, mas o imóvel estava vazio. Segundo a Polícia Militar, há suspeita de que a decisão judicial tenha vazado, já que, conforme relatos de representantes do condomínio, Hytalo deixou o local pouco antes da chegada dos agentes, levando diversos equipamentos eletrônicos — justamente os itens que seriam apreendidos.
Quais as acusações contra Hytalo Santos?
No processo, movido pelo Ministério Público da Paraíba, Hytalo é acusado de submeter menores à adultização e utilizá-los em conteúdos digitais com conotação sexual para obter lucro.
A decisão desta semana proibiu o contato do influenciador com os adolescentes envolvidos e determinou a realização de um estudo psicossocial com as vítimas.
Além disso, ordenou a apreensão de todos os aparelhos eletrônicos usados na gravação, edição e divulgação de vídeos, incluindo celulares, computadores, câmeras, HDs e pen drives, que deverão passar por perícia para extração de dados.
O processo contra o influenciador já tramita há algum tempo, mas as pressões e cobranças por medidas mais rígidas se intensificaram após as denúncias feitas por Felca, em um vídeo publicado em 6 de agosto, que viralizou e mobilizou debates sobre a proteção de jovens na internet.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
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Gabriel Barros é jornalista formado pelo Centro Universitário Faesa e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atua desde 2018 no jornalismo capixaba. Em 2020, passou a integrar a equipe do jornal online Folha Vitória, em coberturas sobre o cotidiano das cidades do Estado, política e cultura.
