Durante o protesto, realizado por um grupo contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, na manhã desta terça-feira (10), em frente ao Palácio Anchieta, em Vitória, a polícia precisou fazer uma intervenção. Uma equipe do Batalhão de Choque esteve no local para conter o tumulto.
O secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, avaliou a situação durante coletiva de imprensa no fim da manhã desta terça-feira. Segundo Garcia, os manifestantes não quiseram dialogar.
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“É claro que precisamos reavaliar algumas posturas, mas nesse momento é muito difícil você fazer uma avaliação do cenário para uma intervenção. Por isso que se tomaram todas as cautelas necessárias para evitar que terceiros fossem atingidos com a intervenção que era necessária. Ela era necessária por força da truculência, da falta de respeito ao direito do cidadão e da falta de disposição por parte dos manifestantes para o diálogo”, explicou o secretário.
Perguntado sobre a demora da polícia em agir, o secretário disse que primeiro eles tentaram o diálogo. “Talvez a nossa aposta no diálogo não tenha sido a melhor forma de enfrentar essa questão. Isso está sendo discutido internamente. Estamos reavaliando os nossos procedimentos, pois o nosso único objetivo é não permitir que o cidadão seja prejudicado”, afirmou Garcia.
Ainda segundo o secretário, a proposta desses manifestantes é causar tumulto. “Estávamos acompanhando a movimentação desde ontem para que a gente pudesse negociar a desobstrução da via. Mas, infelizmente, não tivemos êxito na conversa. No entanto, o que aprendemos é que precisamos atuar com mais celeridade, impedir que eles se instalem nesses pontos. Com esse pessoal não tem conversa, a proposta deles é de fato tumultuar a vida do cidadão”, disse.
Prisões
O secretário de Segurança afirmou que um dos manifestantes foi preso em flagrante e autuado por crime de perigo, quando a pessoa age colocando em risco a vida de outro cidadão. Um outro homem, que teria lançado uma bomba contra um jornalista, foi encaminhado para a delegacia, pagou fiança de R$ 5 mil e foi liberado.
A manifestação
O protesto bloqueou as principais vias do Centro de Vitória, desde o início da manhã desta terça-feira. Os manifestantes atearam fogo em pneus e bloquearam os dois sentidos da via.
Um jornalista da Rede Tribuna foi agredido durante o ato, e a equipe da TV Vitória foi encurralada pelos manifestantes, que hostilizaram e tentavam impedir a cobertura do protesto.
Um homem acabou passando mal e foi socorrido por jornalistas que estavam no local. Uma mulher também passou mal e aguardava o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Em Viana
De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no município de Viana, cerca de 30 manifestantes que reivindicavam a permanência da presidente Dilma no cargo, bloquearam a BR-262. A manifestação começou por volta das 4h30 e o trânsito já foi liberado.
