O jornalista Rodrigo Maia, que agrediu o idoso Nildo Ferreira, de 69 anos, na última terça-feira (18), se pronunciou pela primeira vez sobre o caso na tarde desta quinta-feira (20).
Em coletiva de imprensa, convocada pelo próprio jornalista, Rodrigo disse que foi até a Delegacia Regional de Vitória na quarta-feira para registrar boletim de ocorrência. Lá ele encontrou Nildo, que foi ao local após receber atendimento médico. O jornalista afirma que recebe ameaças de morte por parte da vítima e de familiares desde a última terça-feira e que não retornou ao prédio em que mora por medo de represálias.
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O jornalista apresentou documentos como boletins de ocorrência, registrados na Polícia Civil em fevereiro e setembro deste ano, além de processo judicial que envolvem o agressor e a vítima.
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Durante a coletiva, Rodrigo disse que há cerca de um ano recebe cartas do vizinho Nildo. O repórter afirmou que essas cartas contêm queixas de um suposto ‘barulho de obra’, que viriam do apartamento de Rodrigo.
O jornalista afirma que, além das cartas, recebia receituários médicos – de remédios controlados – e pesquisas que a vítima fazia na internet sobre doenças psicológicas, com as quais Nildo afirmava que teria sido diagnosticado.
Em entrevista a equipe de reportagem da TV Vitória/Record, o jornalista disse que agiu em legítima defesa. Ele afirma que antes das agressões, a vítima estaria proferindo insultos contra ele. Rodrigo disse ainda que foi ele quem acionou a Polícia Militar, por meio do Ciodes, após as agressões. Ele afirma que na ligação informou a PM sobre o ocorrido e solicitou uma ambulância para atender a vítima.
O que diz o outro lado?
Em entrevista, Nildo Ferreira relata que na última quarta-feira (19), quando chegou à delegacia para registrar o Boletim de Ocorrência, se deparou com o agressor. Segundo ele, Rodrigo Maia estava acompanhado do advogado e tentava reverter a situação. “Além de me agredir, ele foi irônico. Ele tentou reverter toda a situação e contava que era apenas uma briga de condomínio. Na delegacia, ele olhava para mim, me jogava beijinhos e dava risadas”, contou.
De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado na Delegacia Regional de Vitória, na última quarta-feira (19), como lesão corporal. O caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Proteção ao Idoso (DEPI). A polícia explica, que outras informações não serão passadas, no momento, para não atrapalhar as investigações.
