Polícia

Jovem morto em confronto no Bairro da Penha estava com pistola

Além da morte de David Pereira de Jesus, outros dois suspeitos foram presos, com galões de gasolina

Leitura: 5 Minutos
David Pereira de Jesus era ligado ao PCV. Fotos: Reprodução/PCES
David Pereira de Jesus era ligado ao PCV. Fotos: Reprodução/PCES

David Pereira de Jesus, de 21 anos, baleado por policiais militares durante uma incursão no Bairro da Penha, na tarde desta segunda-feira (25), teve a morte confirmada pela Polícia Militar. A pistola que foi apreendida com ele aparece num post nas redes sociais, segundo informou a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).

Segundo o comandante-geral da PMES, coronel Douglas Caus, os policiais realizavam patrulhamento na altura da Escadaria do Trabalhador, quando foram recebidos a tiros por criminosos.

Foto: Reprodução/PCES

Durante o tiroteio, David foi baleado e levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo. Com o suspeito foi encontrada uma pistola.

Arma encontrada com o suspeito. Foto: Reprodução/PCES

Após o conflito que resultou na morte do suspeito, um ônibus foi depredado e outro incendiado na região do Bairro da Penha. Além da morte de David, outros dois suspeitos foram presos, com galões de gasolina na Avenida Leitão da Silva.

“Esse mesmo indivíduo tem passagem por roubo e tráfico de drogas. Dois indivíduos já foram presos na Leitão da Silva com galões de gasolina e nós já estamos fazendo uma grande saturação nessa região”, disse o comandante-geral.

David já havia sido apreendido quando ainda era menor de idade, em 2020, na região do bairro Bonfim, em Vitória. Ele estava na porta de uma casa com outros suspeitos e ao ver a polícia, tentou correr, logo depois sendo apreendido.

No ano seguinte, no bairro Palmeiras, na Serra, foi novamente apreendido por tráfico de drogas.

Em 2022, foi atingido por um disparo de arma de fogo em um dos pés. Ele relatou aos policiais que estava em uma festa no bairro Redenção, em Vitória, e não viu quem atirou.

Já em 2023, foi preso enquanto trafegava em uma moto com restrição de furto e roubo, como passageiro. Ao consultarem o sistema, os policiais constataram que o suspeito havia sido preso em flagrante por roubo no mesmo ano.

Em 2024, foram expedidos mandados de busca e apreensão contra o suspeito também pelo crime de tráfico de drogas.

Linhas de ônibus não estão circulando na região

Após apedrejamento de um ônibus e incêndio de outro, os coletivos não estão circulando pela região onde os crimes aconteceram.

A Ceturb-ES informou que, por motivos de segurança, os ônibus que atendem a São Benedito, Itararé e a Avenida Marechal Campos não estão operando na região. “Poderão ocorrer outros desvios caso necessário. Assim que a situação se normalizar, os itinerários originais voltarão a ser cumpridos”, informou.

Veja vídeo do ônibus incendiado:

Por nota, o GVBus informou que o ônibus incendiado fazia a linha 182 entre Mário Cypreste e Bairro da Penha. Segundo a empresa, não houve vítimas dentro do coletivo.

“O GVBus, por sua vez, lamenta a depredação e a destruição de ônibus coletivos de forma criminosa, e ressalta que este ato somente traz prejuízos para o Sistema Transcol e para os moradores dos bairros onde os fatos ocorrem”, afirmou.

Ainda segundo a empresa, entre 2004 e 2015, 98 ônibus do Sistema Transcol foram incendiados por criminosos, três deles em 2024 e outros cinco este ano, todos completamente destruídos.

Segundo a GVBus, o impacto financeiro com ônibus totalmente destruídos é de R$ 78,4 milhões em pouco mais de 20 anos, levando em consideração o custo de reposição desses veículos em valores atuais, levando em conta que um coletivo novo custa em média R$ 800 mil.

No caso dos micro-ônibus, como explica a companhia, o custo é de cerca de R$ 650 mil.

“Estes prejuízos recaem em todo o sistema, especialmente nas empresas de ônibus, mas também na população, já que um ônibus novo demora em média três meses para ser fabricado, além do período dos trâmites legais para que ele entre em circulação”, afirma.

Redação Folha Vitória

Equipe de Jornalismo

Redação Folha Vitória é a assinatura coletiva que representa a equipe de jornalistas, editores e profissionais responsáveis pela produção diária de conteúdo do Folha Vitória. Comprometida com a excelência jornalística, a equipe atua de forma integrada para garantir informações precisas, atualizadas e relevantes, sempre alinhada à missão de informar com ética, democratizar o acesso à informação e fortalecer o diálogo com a comunidade capixaba. O trabalho do grupo reflete o padrão de qualidade da Rede Vitória de Comunicação, consolidando o veículo como referência em jornalismo digital no Espírito Santo.

Redação Folha Vitória é a assinatura coletiva que representa a equipe de jornalistas, editores e profissionais responsáveis pela produção diária de conteúdo do Folha Vitória. Comprometida com a excelência jornalística, a equipe atua de forma integrada para garantir informações precisas, atualizadas e relevantes, sempre alinhada à missão de informar com ética, democratizar o acesso à informação e fortalecer o diálogo com a comunidade capixaba. O trabalho do grupo reflete o padrão de qualidade da Rede Vitória de Comunicação, consolidando o veículo como referência em jornalismo digital no Espírito Santo.