
Começa na manhã desta quarta-feira (27), o segundo dia do julgamento de Geovani de Andrade Bento, conhecido como “Vaninho”. Ele é apontado como uma das principais lideranças do Primeiro Comando de Vitória (PCV). Além dele, outras três pessoas respondem por mortes e tentativas de assassinato que ocorreram em 2020.
O julgamento começou nesta terça-feira (26) no Fórum Criminal de Vitória. Pela manhã, foram ouvidas duas vítimas e uma testemunha da Polícia Civil. Durante a tarde, outro policial prestou depoimento como testemunha do Mistério Público.
Por volta das 15h30, os promotores de Justiça começaram a interrogar o réu. Em seguida, foram interrogados os também réus Thaian Silva de Almeida, Felipe dos Santos Dantas e Felipe de Souza Oliveira.
O julgamento deve recomeçar nesta quarta com os debates entre a acusação e defesa.
Réus respondem por crimes contra rivais
Os crimes ocorreram em 4 de outubro de 2020, no Centro de Vitória. Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado (MPES), Geovani teria ordenado, com apoio de Lucas Depolo Muniz — também denunciado — Felipe dos Santos, Felipe de Souza e Thaian a matarem a tiros Adriano Pereira do Amaral e Kelvin Filgueiras da Silva.
Na mesma ação, o grupo teria tentado matar Maicon Reis, André Luiz dos Santos e Victor de Jesus da Silva.
Geovani e os três julgados nesta semana, segundo o Ministério Público, eram associados à facção Primeiro Comando de Vitória. Geovani é apontado como uma das principais lideranças do grupo, enquanto os demais atuavam no comércio ilícito de entorpecentes e integravam o braço armado da organização, responsável por executar rivais.
Já o denunciado Lucas Depolo, advogado, é acusado de atuar como um dos braços jurídicos da facção. Ele recorreu da decisão de pronúncia e será julgado em outra oportunidade.
As vítimas Kelvin, Maicon, André Luiz e Victor eram moradoras do Morro do Moscoso e teriam ligação com um grupo ligado ao tráfico de drogas que resiste à expansão do PCV.
Em maio, Geovani foi condenado em outra ação a 24 anos de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, com uso de arma de fogo, e por organização criminosa.