Polícia

Justiça solta casal preso após morte de bebê em Vila Velha

Mãe e padrasto de Agatha Barbosa eram suspeitos de agressão e foram autuados na ocasião em flagrante por homicídio qualificado

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A menina Agatha Ester menina levada morta a UPA de Vila Velha
Agatha Ester, menina levada morta a UPA de Vila Velha. Foto: Reprodução/TV Vitória

A Justiça revogou a prisão de José Wilson Guimarães Júnior, de 38 anos e Paula Nazarett dos Santos Barbosa, de 31 anos, mãe e padrasto da bebê Aghata Ester Santos Barbosa, de 1 ano e 6 meses. Ela foi levada sem vida para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Riviera da Barra, em Vila Velha.

Eles já foram soltos, segundo informou a Secretaria de Estado da Justiça na tarde desta quarta-feira (28).

O casal preso era suspeito de agressão e foi autuado na ocasião em flagrante por homicídio qualificado. Entretanto, foi identificado que a menina foi vítima de massagem cardíaca errada.

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Durante a terça-feira (27), a Polícia Civil detalhou que, durante as investigações, verificou que “há indícios de que a lesão tenha sido provocada por uma massagem cardiorrespiratória realizada de forma incorreta, por pessoa leiga. Portanto, não se configura crime”.

Casal preso após morte de menina

Aghata deu entrada no hospital no dia 10 de maio, um sábado. A família disse que ela havia caído e desmaiado enquanto estava brincando.

No entanto, ao dar entrada no hospital, foi feito um alerta de agressão porque a menina apresentava lesões por todo o corpo, provocadas por terceiros.

A criança havia sido levada à mesma unidade de saúde para tratar uma infecção urinária uma semana antes de morrer, no dia 3 de maio. O casal afirmou na segunda internação que ela poderia ter sido vítima de um quadro agravado da doença.

Porém, após exames, foi concluído que a criança morreu por conta de graves lesões, contrariando a versão do padrasto, José Wilson Guimarães Júnior, de 38 anos, e da mãe, Paula Nazarett dos Santos Barbosa, de 31 anos, que acabaram detidos.

Na época, exames feitos no Instituto Médico Legal (IML), em Vitória, descartou morte por queda ou por doenças.

Em nota, a polícia chegou a declarar: “De acordo com o laudo do médico legista, as lesões encontradas na vítima são incompatíveis com causas naturais ou queda, sendo compatíveis com traumas provocados por terceiros”.

Investigação não identificou elementos que justificassem a prisão

Na terça-feira (27), a Polícia Civil declarou que, durante as investigações, realizadas por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), não foram identificados elementos que justificassem a manutenção da prisão preventiva. Por essa razão, a autoridade policial representou pela revogação da prisão.

Há fortes indícios de que a lesão inicialmente constatada tenha sido provocada por uma massagem cardiorrespiratória realizada de forma incorreta, por pessoa leiga, sem formação técnica, no calor do desespero e realizada no corpo frágil de uma bebê.

A polícia ainda concluiu que esse ato não é identificado como crime. “Importante destacar que a criança apresentava um quadro clínico debilitado e estava sendo levada diariamente à UPA de Riviera da Barra para receber medicação venosa e ser avaliada”, acrescentou a polícia.

A corporação informou ainda que “durante as investigações realizadas não foram identificadas qualquer conduta que desacredite a mãe da criança ou seu namorado, que estava responsável pela menor no momento dos fatos”.

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória

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