Aleff Wingler, de 25 anos, foi preso após confessar ter matado a namorada Julia de Paula Barbosa, de 20 anos, na casa dela em Rosa da Penha, em Cariacica. Ao passar por exames no Instituto Médico Legal (IML), antes de seguir para o presídio, o assassino confesso foi questionado pela própria mãe sobre o motivo do crime.
A reportagem da TV Vitória flagrou o momento em que a mãe de Aleff se desespera e grita ao ver o filho algemado: “Por que você fez isso?”. O detido entrou na viatura sem responder o questionamento.
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No entanto, em depoimento à policia após ser preso, Aleff afirmou que matou a namorada após uma briga por ciúmes. A discussão ocorreu na casa da própria universitária. Júlia foi encontrada morta pela mãe e o corpo dela apresentava sinais de violência.
Tentativa de fuga e prisão
Desde o primeiro momento, a principal suspeita da família recaiu sobre o namorado, com quem Julia se relacionava há dois anos. O casal havia passado o sábado em um sítio da família do suspeito, em Viana. Na volta, os pais de Aleff deixaram os dois na casa da universitária e foram embora.
Assim que a morte foi descoberta, familiares perceberam que Aleff não estava mais na casa e levou a chave da residência, o que reforçou as suspeitas contra ele. A Polícia Civil iniciou as buscas e descobriu que o rapaz tinha familiares em São Mateus, no Norte do Estado.
Durante as investigações, os agentes constataram que Aleff havia comprado uma passagem para São Mateus com o intuito de fugir. Ele foi preso dentro de um ônibus na rodoviária de Carapina, na Serra, quando se preparava para seguir viagem.
Na delegacia, Aleff confessou o crime. De acordo com a polícia, ele relatou que, ao chegar na casa da namorada, o casal teve um desentendimento motivado por ciúmes. Julia teria dado um tapa no rosto dele, e Aleff reagiu com violência.
Ela estava deitada na cama, com a jaqueta preta, toda roxa… rosto todo preto, mão quebrada, pé quebrado. Quando peguei nela, estava gelada. Gritei que não era verdade.
Jozi Maria de Paula, mãe da Julia
Em nota, a Polícia Civil informou que o suspeito foi preso em flagrante por feminicídio, por meio do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP). A corporação ainda apura se Julia sofreu violência sexual, já que o corpo foi encontrado apenas com uma jaqueta e um sutiã.
Repórter
Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.
