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Maior apreensão de drogas K no ES ocorreu em Nova Venécia

O entorpecente imita os efeitos da maconha, mas os sintomas são muito mais potentes e acentuados do que os da cannabis

Apreensão de canabinoide sintético ocorreu em Nova Venécia. Foto: Polícia Científica/Divulgação
Apreensão de canabinoide sintético ocorreu em Nova Venécia. Foto: Polícia Científica/Divulgação

A Polícia Científica divulgou que identificou que a maior apreensão de canabinoide sintético ocorreu em Nova Venécia, região Noroeste do Espírito Santo, em julho do ano passado. As drogas K foram analisadas pelo Laboratório de Química Forense (LABQUIM) do Instituto de Laboratórios de Análises Forenses (ILAF).

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A confirmação ocorreu em 23 de dezembro de 2024, mas para não interferir nas investigações da Polícia Civil, o resultado só foi divulgado na quarta-feira (7), segundo a Polícia Científica.

Por não ser uma substância comumente encontrada no Estado, a análise pericial foi naturalmente mais trabalhosa.

Mais de 500 pinos de drogas K

A droga já havia sido encontrada em Itaguaçu, um ano antes, onde foram apreendidos seis pinos do entorpecente. Em Nova Venécia foram 536 de substância vegetal na qual foi identificada a presença de MDMB-4EN-PINACA, um tipo de canabinoide sintético que integra o grupo de entorpecentes conhecidos como drogas K.

O entorpecente imita os efeitos da maconha, mas os sintomas são muito mais potentes e acentuados do que os da cannabis.

Segundo Victor da Rocha Fonseca, responsável pela análise, a substância é comumente aplicada em um material vegetal antes de ser fumada, proporcionando efeitos rápidos.

Os efeitos adversos são gravíssimos, potencializando comportamento agressivo, psicose e paranoia. A toxicidade neurológica pode causar convulsões e problemas cardiovasculares sérios, como hemorragias cerebrais e interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro, culminando em falhas respiratórias, disse.

Ainda segundo ele, outros sintomas físicos como danos renais e hepatite também são observados em usuários da droga.

“Há também relatos de rabdomiólise, degradação das fibras musculares, além de danos renais, hepatite, e, em alguns casos, fatalidades advindas do uso dessas drogas. Por serem aplicados sobre material vegetal, os canabinóides sintéticos podem ser confundidos com a maconha tradicional, levando os usuários a consumirem doses perigosas sem saber”, informou.

Guilherme Lage, repórter do Folha Vitória
Guilherme Lage

Repórter

Formado em Jornalismo, é repórter do Folha Vitória desde 2023. Amante de música e cinema.

Formado em Jornalismo, é repórter do Folha Vitória desde 2023. Amante de música e cinema.