Polícia

Mais de 30 acusados de estuprar menores são procurados no Espírito Santo

As investigações também acontecem pelas redes sociais. Isso porque utilizar a internet para seduzir menores vem se tornando uma prática frequente

Mais de 30 acusados de estuprar menores são procurados no Espírito Santo Mais de 30 acusados de estuprar menores são procurados no Espírito Santo Mais de 30 acusados de estuprar menores são procurados no Espírito Santo Mais de 30 acusados de estuprar menores são procurados no Espírito Santo
Um levantamento apontou que 70% das vítimas de estupro são crianças e adolescentes Foto: R7

No Espírito Santo, apenas em 2015, 51 acusados de estupro ou violação sexual foram capturados, mas a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) ainda procura 32 estupradores de menores. As investigações também acontecem pelas redes sociais. Isso porque utilizar a internet para seduzir menores vem se tornando uma prática frequente.

A página da delegacia, criada recentemente, é o instrumento usado para divulgar retratos falados e receber denúncias. Para o delegado, ainda é preciso mais para acabar com o estupro de crianças e adolescentes.

“O estupro é um problema da sociedade brasileira. Nós temos fatores históricos que justificam essa modalidade criminosa e que levam a consequências graves para as crianças. O principal em que devemos investir hoje é em educação. Nós precisamos que os governos de todos os níveis adotem políticas publicas sérias e eficazes no campo educacional. Só com a educação é possível salvar as nossas crianças dos estupradores”, afirmou o delegado Lorenzo Pasolini.

Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que, em todo o Brasil, 70% das vítimas de estupro são crianças e adolescentes. Em mais da metade dos casos o agressor é um parente, amigo, ou conhecido. Quando se trata de alguém de fora da família, há um perfil predominante.

“Geralmente são homens que têm entre 25 e 45 anos, com uma profissão definida e não vivem da atividade criminosa. Em alguns têm até família, vivem com esposa e com filhos. Mesmo assim ainda são estupradores”, destacou o delegado.

A mãe de um adolescente de 13 anos descobriu que o filho foi estuprado por um homem que o seduziu em uma rede social. “Ele falava que estava apaixonado, que gostava dele e que daria dinheiro. Quando eu descobri tudo, ele começou a oferecer mais, tentando manipular o meu filho e querendo que ele levasse os amigos”, contou.

Manter relações íntimas ou praticar qualquer ato de natureza sexual com uma pessoa com menos de 14 anos é crime. É o que se chama de estupro de vulnerável. Para a lei, não importa se o menino ou a menina permitiu esse ato, nem se antes a vítima já tinha alguma experiência sexual. O fato de ter uma relação amorosa com essa vítima também não faz diferença.

No mundo virtual, o crime de pedofilia se espalha. São adultos que se utilizam de uma fragilidade da criança ou do adolescente para se aproximar com intenções sexuais. Uma vez atraído, o menor está sujeito a se tornar vítima de uma violência sexual.