O manobrista Clóvis Brás Júnior, de 34 anos, foi assassinado com 16 tiros ao chegar para trabalhar na empresa Santa Zita, no bairro São Francisco, em Cariacica. O crime ocorreu no início da noite de segunda-feira (09).
Segundo testemunhas, Clóvis deixou o carro no estacionamento nas proximidades da viação, quando foi abordado pelo criminoso. O suspeito efetuou disparos, que atingiram o manobrista. A vítima morreu na hora.
No carro de Clóvis, ficaram marcas de alguns dos tiros disparados pelo criminoso, que fugiu após o crime.
O corpo do manobrista foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), em Vitória. O caso é investigado pela Polícia Civil.
Protesto após morte de rodoviário
Os motoristas de ônibus realizaram uma paralisação nesta terça-feira (10), por conta da morte de Clóvis. A manifestação começou durante a madrugada e pegou passageiros de surpresa.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários (Sindirodoviários-ES), Marcos Alexandre, afirmou que, após a morte do trabalhador, os demais profissionais ficaram indignados e com medo porque não há linha de ônibus que passe perto da garagem. Segundo ele, o local onde a garagem está situada é ermo.
“Enquanto tirar sangue de um amigo nosso, vamos parar sim. Nós vamos fazer protesto e reivindicar, porque não pode a gente ver colega nosso sendo morto, porque a gente não está aqui para isso. Somos trabalhadores e pais de família”, declarou.
O secretário estadual de Mobilidade, Fábio Damasceno, lamentou a morte do manobrista, mas classificou a paralisação do sindicato como “irresponsável”.
“Não podemos ter esse tipo de atitude irresponsável, que prejudica tanto a nossa população. São pessoas que precisam ir ao médico, precisam estudar, pessoas que vão perder o o dia de trabalho. A gente não pode deixar esse tipo de situação acontecer”, afirmou.