O empresário Marcelo Fernandes, 57 anos, preso pela morte da esposa, Cláudia Cristina da Silva Fernandes, 53 anos, esteve em Piúma e em Itapemirim, no Litoral Sul do Espírito Santo, e usou celulares de banhistas para não ser rastreado após o crime. A informação é do delegado Felipe Vivas, que investiga o caso. A empresária foi assassinada na madrugada de domingo (16), em Cachoeiro de Itapemirim.
Marcelo Fernandes aparece sentado em uma distribuidora na orla de Piúma. Mais cedo, na terça-feira (18), a Polícia Civil identificou o empresário em Itapemirim, quando ele abordou banhistas afirmando estar sem celular e pedindo para fazer ligações.

A gente já estava a um passo dele. Ele estava na região litorânea. Conseguimos imagem dele no dia 16, depois no dia 18. Ele estava se valendo de terceiros para fazer contato com amigos e familiares, para entrar em contato com advogados. E nós identificamos ele em câmeras de videomonitoramento fazendo esse tipo de contato.“
Felipe Vivas, chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cachoeiro de Itapemirim
Marcelo, que foi casado por 30 anos com Cláudia, se apresentou à Delegacia de Homicídios de Cachoeiro de Itapemirim na noite de terça-feira (18). Ele confessou o crime e está preso temporariamente. Segundo Vivas, a prisão pode ser convertida em preventiva.
“Por volta das 22h30/23h, recebemos a ligação de que ele havia se apresentado. Realizamos o interrogatório, na presença do advogado. Ele narrou que foi autor do crime, mas não deu detalhes”, afirmou o delegado.

Uma testemunha, que estava com Cláudia no carro afirmou que conheceu a vítima pelas redes sociais e que aquele era o primeiro encontro dos dois. Eles estavam no veículo quando Marcelo apareceu. Cláudia pediu que o homem fugisse e, momentos depois, ele ouviu um estrondo no escuro, possivelmente o atropelamento.
Crime
Cláudia foi encontrada morta na manhã de domingo (16) em uma estrada de terra no bairro IBC, em Cachoeiro de Itapemirim. A vítima era muito conhecida no setor empresarial da cidade. Ela estava nua, com o rosto desfigurado e sinais de atropelamento.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o carro de Cláudia passou pela via durante a madrugada.
Cerca de 15 minutos depois, o equipamento flagrou uma caminhonete que pertence à filha da vítima, mas que estava sendo usada pelo marido de Cláudia, chegando ao local. Onze minutos depois, a caminhonete retorna de ré pela mesma estrada.
*Com informações do repórter Rodrigo Schereder, da TV Vitória/Record.