Reprodução/Arquivo Pessoal
Reprodução/Arquivo Pessoal

Marcelo Fernandes, de 57 anos, marido da empresária Cláudia Cristina da Silva Fernandes, de 53 anos, assassinada na madrugada de domingo (16), em Cachoeiro de Itapemirim, região Sul do Espírito Santo, é o principal suspeito do crime.

De acordo com o delegado Felipe Vivas, há fortes indícios que apontam a participação direta do suspeito, também empresário, como imagens de câmeras de videomonitoramento que mostram o carro utilizado no assassinato passar pela cidade de Anchieta, onde foi encontrado.

“A gente analisou imagens de segurança tanto do condomínio quanto do local, e também de uma câmera municipal de Anchieta. Todo esse contexto nos leva a acreditar que ele tenha envolvimento direto com a morte da Cláudia Cristina”, disse o delegado.

Cláudia e Marcelo ficaram juntos por mais de 30 anos e tiveram três filhos. A empresária havia dado entrada em um processo de divórcio.

De acordo com familiares e amigos, a empresária tinha um relacionamento conturbado com o marido e já havia sido agredida por ele, mas não denunciou o crime. Marcelo ainda não foi localizado.

Neta ligou para vítima

Familiares começaram a desconfiar que algo poderia ter acontecido quando Cláudia parou de atender telefonemas. Ela havia levado a neta a uma festa e teria combinado de voltar ao local para buscá-la.

“A neta fez contato com ela insistentemente e Cláudia não atendeu. Esse foi o motivo que fez a neta fazer contato com a mãe. A mãe foi buscar e a família passou a ficar preocupada porque ela não atendia o telefone, nem o pai. No decorrer do que eles apuraram – o carro batido, vestígios de sangue – ficaram mais preocupados ainda”, relatou o delegado.

Ainda de acordo com ele, a filha e a neta de Cláudia perceberam que o carro de Marcelo tinha um rastreador e confirmaram que o veículo estava na zona rural de Anchieta.

Logo depois disso, receberam a notícia de que a empresária havia sido encontrada morta no bairro IBC, em Cachoeiro.

Imagens de videomonitoramento mostram Marcelo voltando para a casa e deixando o carro na garagem. Ele chega a trocar de roupa e vai até a empresa que tinha com a esposa. Desde então não foi mais visto, o que colabora para a hipótese de fuga, segundo a polícia.

“Temos imagens dele trocando de roupa, indo à empresa. Desde então ele não atendeu mais o telefone, não apareceu mais”, explicou Felipe Vivas.

Terceira pessoa na cena do crime

De acordo com a investigação, uma terceira pessoa estava na cena do crime e é uma peça essencial para desvendar o que realmente aconteceu com Cláudia.

Em imagens de câmeras de videomonitoramento da rua onde ocorreu o assassinato, segundo a polícia, é possível ver um homem de camiseta, bermuda e chinelos correndo no exato momento em que Cláudia é morta.

Ainda não se sabe qual o tipo de relacionamento o homem tinha com a vítima, mas a polícia já tem a identificação.

Até o momento o homem é tratado como uma testemunha e a polícia espera que ele se apresente voluntariamente à delegacia para prestar depoimento. Caso isso não aconteça, ele pode ser intimado.

Entenda o caso

A empresária foi encontrada morta na manhã de domingo (16) em uma estrada de terra no bairro IBC, em Cachoeiro de Itapemirim. A vítima era muito conhecida no setor empresarial da cidade. Ela estava nua, com o rosto desfigurado e sinais de atropelamento.

Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o carro de Cláudia passou pela via durante a madrugada.

Cerca de 15 minutos depois, o equipamento flagrou uma caminhonete que pertence à filha da vítima, mas que estava sendo usada pelo marido de Cláudia, chegando ao local. Onze minutos depois, a caminhonete retorna de ré pela mesma estrada.

Veja o vídeo que mostra a movimentação dos veículos no momento do crime:

Empresária tinha ferimentos de atropelamento

Cláudia foi localizada nua, ao lado de seu carro, com o rosto desfigurado e ferimentos compatíveis com atropelamento. O carro estava com janelas abertas e porta-malas amassado. A perícia indica possibilidade de violência intencional.

*Com informações da repórter Luciana Leicht, da TV Vitória/Record

Guilherme Lage, repórter do Folha Vitória
Guilherme Lage

Repórter

Formado em Jornalismo, é repórter do Folha Vitória desde 2023. Amante de música e cinema.

Formado em Jornalismo, é repórter do Folha Vitória desde 2023. Amante de música e cinema.