Mecânico de aviões é preso por perseguir a ex-namorada em Vitória

Um mecânico de aviões de 45 anos foi preso nesta quinta-feira (28) pelo crime de stalking. Ele se passava por outras pessoas para perseguir e intimidar a ex-namorada, uma universitária de 26 anos, em Vitória.

De acordo com a vítima, o assédio teve início em agosto de 2022 e as mensagens ameaçadoras continuaram até o último fim de semana.

“Uma coisa que começou em agosto de 2022, e até esse fim de semana a gente ainda tinha recebido mensagens. Anos e anos, eu não sabia a quem mais pedir ajuda, porque pedi ajuda a muita gente”, contou.

De acordo com a vítima, as mensagens eram sempre carregadas, de cunho sexual e também de ameaças e calúnias.

O homem chegava, inclusive, a enviar as mensagens para o celular da mãe da vítima, se passando por outras pessoas.

“Sempre mensagens muito pesadas, com cunho sexual, ameaçando a minha vida, calúnias em relação a mim. Essas mensagens eram recebidas por SMS, whatsapp, inclusive para o celular comercial da minha mãe, então receber essas mensagens era algo muito pesado, que abalava toda a família, me abalou na faculdade”, afirmou.

Suspeito utilizou dezenas de números telefônicos

A vítima conta que o suspeito se passava por mães de amigas dela, além de fingir ser outras mulheres, para chamá-la de “amante”, dentre outros xingamentos. Para fazer isso, o homem trocava de número telefônico constantemente.

De acordo com o delegado Guilherme Sodré, esta troca constante foi um grande dificultador para as investigações, inclusive, o suspeito chegava a oferecer ajuda e consolo à vítima.

“Ele oferecia ajuda à vítima, dava o ombro para ela chorar, e ao mesmo tempo mandava mensagens ameaçadoras, com cunho sexual, caluniava ela. O fato dele ter trocado de linha por dezenas de vezes dificultou muito a investigação, porque a gente não conseguia conectar ele às mensagens”, relatou.

Com a identificação do suspeito, a polícia obteve um mandado de prisão preventiva, que foi cumprido nesta quinta-feira. O homem negou todas as acusações.

Segundo a delegada Juliana Sadeeh, este tipo de crime costuma deixar marcas emocionais profundas nas vítimas.

“A vítima se sente com medo e acuada, o impacto emocional de um crime como este é muito profundo”, disse.

*Com informações do repórter Caio Dias, da TV Vitória/Record