Polícia

Suspeito de matar mecânico em Linhares se apresenta à polícia e é liberado

Wagner Aguiar dos Santos, de 36 anos, foi assassinado em Pontal do Ipiranga. O crime aconteceu no último sábado (26)

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Foto: Reprodução/TV Vitória
Foto: Reprodução/TV Vitória

O suspeito de assassinar o mecânico Wagner Aguiar dos Santos, de 36 anos, em um Pontal do Ipiranga, se apresentou à polícia e confessou o crime. Apesar disso, como havia passado o período de flagrante, ele foi ouvido e liberado.

O crime teria sido motivado por ciúmes. O suspeito era o ex-marido da então esposa da vítima e não aceitava o fim do relacionamento.

Segundo testemunhas, a confusão é familiar e o crime teria sido motivado por ciúmes, o suspeito era o ex-marido da então esposa da vítima e não aceitava o fim do relacionamento.

Nas imagens gravadas por moradores, é possível ver o veículo, da vítima, cinza próximo ao meio-fio, com a frente destruída.

Segundo informações, Wagner foi alvejado com três tiros pelo suspeito, de 39 anos. Dentro do carro, ele ainda tentou dar partida no veículo antes de bater em uma coluna de cimento, já sem vida. O suspeito do crime se apresentou nesta terça-feira (29), foi ouvido e liberado.

Wagner Aguiar dos Santos era mecânico. Foto: Reprodução/TV Vitória

A esposa de Wagner, uma assistente de educação infantil, de 29 anos, que viu tudo acontecer, estava ao lado do carro, desesperada e chorando muito.

Ela contou que eles estavam em Linhares para buscar o filho dela com o suspeito, que estava na casa da avó paterna, localizada no bairro Pontal do Ipiranga.

Foi questão de segundos, nem de um minuto, nesse debate que ele teve, ele botou a mão na cintura e arrancou o carro, e efetuou o primeiro disparo.

Esposa da vítima

Segundo a esposa da vítima, a mãe do suspeito já desconfiava de que algo poderia acontecer e marcou o encontro longe da casa onde mora para evitar brigas entre o filho, a ex-mulher e o atual marido dela.

Testemunhas afirmam que ele tem conhecidos na região de Nova Venécia, interior do Estado. No momento do ataque, a esposa do mecânico conseguiu correr para dentro de um supermercado próximo, temendo ser perseguida pelo ex-marido.

“Eu ligava para a polícia, mas falava baixo porque achava que ele estava do outro lado querendo me pegar”, relatou.

Suspeito não aceitava o fim do relacionamento

A relação entre o suspeito e a ex-mulher sempre foi difícil. Eles tiveram um relacionamento de nove anos que terminou, mas o homem nunca aceitou o término e passou a perseguir a ex, além de ameaçar o atual marido dela.

Para a família da vítima, o crime foi premeditado, já que o suspeito não mora em Linhares, mas na Grande Vitória, e a mãe dele desconhecia a presença do filho no bairro naquele dia.

“Para mim, toda crueldade que fizeram com meu filho foi premeditada”, disse a mãe de Wagner.

A esposa da vítima também acredita na premeditação: “Eu acho que foi premeditado, porque ele já estava armado ali, e meu marido foi inocente, não comprou arma, não pensou em se defender”.

A relação entre a vítima e o suspeito era marcada por conflitos frequentes. A esposa relatou que bloqueou o ex-marido nas redes sociais por causa das mensagens ofensivas que ele enviava, chamando Wagner de “corno” e afirmando que não prestava.

Crime aconteceu na frente do filho do suspeito

O crime ocorreu na frente do filho do suspeito, uma criança de cinco anos, que presenciou o pai matar o padrasto a tiros.

O suspeito, segundo a família da vítima, não se preocupou em esconder sua identidade e cometeu o assassinato em local movimentado, próximo a um supermercado e a um posto de combustível, gritando do lado de fora do carro antes de disparar.

A mulher, vítima de agressões psicológicas, afirmou que desde o dia do crime vive chorando e se sente culpada, além de ser acusada injustamente por algumas pessoas.

“Eu me sinto culpada, e me acusam. Não sei como vou recomeçar”, lamentou.

Wagner trabalhava diariamente em uma oficina na garagem da casa da família. A mãe dele passa pelo local todos os dias chorando, sem entender a brutalidade do crime.

“Não consigo entender por que fizeram isso com meu filho. Passo por todos os cantos da casa, roupas, comida, objetos, a oficina… tudo me lembra ele”, desabafou.

A Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Linhares e até o momento, nenhum suspeito foi detido. 

Veja a matéria completa do Balanço Geral:

*Texto sob a supervisão da editora Erika Santos, com informações da repórter Marla Bermudes, da TV Vitória/Record

Carlos Raul Rodrigues, estagiário do Folha Vitória
Raul Rodrigues *

Estagiário

Jornalista em formação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e atua como estagiário no Jornal Folha Vitória

Jornalista em formação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e atua como estagiário no Jornal Folha Vitória