Menino de 8 anos pede mais comida e é obrigado pelo padrasto a comer pedra

Foto: Reprodução / R7.com

Um homem de 40 anos obrigou seu enteado, de 8 anos, a comer pedra e mato como forma castigo, após ele ter pedido mais comida durante uma refeição. Segundo a Polícia Civil, ele será indiciado pelo crime de tortura. A mãe do menor poderá responder por omissão ao crime.

O caso aconteceu no dia 12 de fevereiro, no Bairro Esperança, em Uberlândia, São Paulo, quando a mãe e o padrasto foram presos.

O crime ocorreu no estacionamento do prédio em que a família mora e a ação foi filmada por um vizinho, que denunciou o caso à Polícia Militar. O Conselho Tutelar foi acionado e a criança foi encaminhada para uma casa de acolhimento..

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Nas imagens, o padrasto aparece segurando a criança pelo braço, após o menino pedir para comer mais ovos durante o almoço. Ele caminha até um canteiro, pega uma quantidade de mato e obriga o enteado a comer.

Após a criança se negar, o homem dá um tapa no rosto do menino, pega britas do chão e novamente diz para ele abrir a boca. Segundo o vizinho, o padrasto gritava: “Isso! Põe na boca e come! Mastiga!”.

Em seguida, a criança começa a mastigar a pedra, o homem dá mais três tapas no rosto do menino e diz: “Cospe agora e vai deitar”.

A mãe da criança, uma mulher de 34 anos, testemunhou toda a ação e não fez nada, segundo relatos do vizinho à PM. Os vizinhos ainda disseram que as agressões ao menor eram constantes e a mãe nunca tomou nenhuma atitude.

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O suspeito confessou o crime e, em depoimento para a polícia, disse que teria ficado irritado porque o enteado teria comido cinco ovos durante o almoço e ainda queria mais. Após ter negado o pedido, a criança teria dito: “Você quer que eu coma o quê? Mato e terra?”. 

A Polícia Civil de Minas Gerais informou que, em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente, o caso segue sob sigilo.

“O homem foi preso em flagrante pelo crime de tortura, qualificado por ter sido praticado contra criança, o qual não permite fiança. Os investigados, após as atividades de polícia judiciária, foram encaminhados ao sistema prisional, onde se encontram à disposição da Justiça”, informou a Polícia Civil.