Polícia

Mortes violentas caem no ES, mas Estado tem maior taxa do Sudeste

O Estado teve 980 casos registrados em 2024; dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública

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Arma de fogo
Foto: Canva Pro

No ano passado, o Espírito Santo registrou o menor número de mortes violentas intencionais da série histórica, que contempla dados de 2012 a 2024. Foram 980 casos, ante 1.096 no ano anterior – queda de 10,6% –, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) nesta quinta-feira (24).

O ano mais violento no Estado foi o primeiro da série: em 2012, foram 1.736 mortes violentas.

Apesar da queda, a cada 100 mil habitantes, a taxa de mortes violentas registradas é de 23,9, superior à média nacional (20,8) e a mais alta da região Sudeste do país: em segundo lugar aparece o Rio de Janeiro, com 22,1; em seguida, Minas Gerais, 15,1; e, por fim, São Paulo, 8,2.

O Estado capixaba apresenta a maior taxa do Sudeste desde o início da série histórica, sendo superado apenas nos anos de 2016, 2017, 2018 e 2019, pelo Rio de Janeiro. Há 13 anos, a taxa do Espírito Santo era de 46,7 – quase o dobro da registrada em 2024.

A diminuição é percebida em todo o Sudeste. Em 2012, a média de casos era de 19,6 a cada 100 mil habitantes e, em 2024, era 13,3. O cenário nacional é o mesmo: a taxa saiu de 27,7 para 20,8.

Tipos de mortes violentas

Dos 980 casos de mortes violentas no Estado em 2024, 852 foram homicídios dolosos. O número é 13,3% menor do que o registrado em 2023, quando 977 pessoas foram vítimas do crime.

O segundo crime mais recorrente foi o latrocínio (roubo seguido de morte). Este, por sua vez, aumentou: foram 39 casos no ano passado, ante 32 em 2023, o que representa um aumento de 21,1%.

Já os casos de lesão corporal seguida de morte – 11 registros em 2024 – diminuíram 50,3% em relação ao ano anterior, quando o Estado teve 22 vítimas do crime.

*O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) utiliza dados das Secretarias de Segurança Pública dos estados para realizar o estudo.

Julia Camim

Editora de Política

Atuou como repórter de política nos veículos Estadão e A Gazeta. Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa, é formada no 13º Curso de Jornalismo Econômico do Estadão em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.

Atuou como repórter de política nos veículos Estadão e A Gazeta. Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa, é formada no 13º Curso de Jornalismo Econômico do Estadão em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.