O que era para ser mais um dia comum de trabalho terminou em uma tentativa de latrocínio para o motorista de aplicativo Thiers dos Santos Barcelos, na Serra.
O crime aconteceu no início de outubro, durante uma corrida que ele havia aceitado no bairro Nova Carapina, com destino a Campinho, também no município.
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Segundo Thiers, o perfil usado no aplicativo era de uma mulher com boa avaliação, o que afastou qualquer desconfiança. A surpresa veio ao chegar ao local de embarque, quando percebeu que os passageiros eram três homens.
O do meio virou para pegar o celular, nesse susto, eu virei, o outro já disparou. Pegou na região do pescoço, da nuca. Pediram para eu descer do carro, e eu falei: ‘Tranquilo, vou descer’. Saí com calma, eles entraram no carro e eu consegui correr e pedir socorro.”
Thiers dos Santos Barcelos, motorista de aplicativo
O tiro atingiu o pescoço da vítima, próximo à coluna cervical. Thiers relatou que, a princípio, pensou se tratar de um tiro de raspão.
“Eu ouvi o barulho, botei a mão no pescoço e senti algo queimando. Só na UPA descobri que tinha sido uma perfuração. Falaram que pegou perto da coluna cervical e precisei fazer uma tomografia. Depois, me transferiram para outro hospital”, lembrou.
Dias depois, o carro foi localizado, mas todos os pertences haviam sido levados.
“Levaram outros pertences: celular, equipamento de áudio e vídeo que eu estava trabalhando como videomaker, levaram até a ração do cachorro e alguns outros pertences. O cartão de crédito já consegui bloquear. O carro, a gente conseguiu recuperar na sexta-feira (3) à noite”, disse.
A plataforma de transporte lamentou o ocorrido, informou que bloqueou o perfil da suposta passageira e declarou que está prestando apoio à vítima.
A Polícia Civil informou que o caso está sob investigação da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV). Até o momento, nenhum suspeito foi preso.
O rapaz afirma que não pretende mais trabalhar como motorista de aplicativo.
“Eu nunca passei por isso e não desejo para ninguém. Infelizmente, muita gente já perdeu a vida tentando trabalhar honestamente. Eu, graças a Deus, tive a oportunidade de continuar vivo. Deus me livrou, mas tem gente que não teve a mesma sorte”, disse.
*Com informações da repórter Eduarda Neves, da TV Vitória/Record
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