Um motorista de ônibus do Sistema Transcol foi esfaqueado dentro do Terminal de Itaparica, em Vila Velha, no início da tarde desta quarta-feira (08). O suspeito, que estava acompanhado da esposa e três filhos, tem 30 anos e acabou preso em flagrante, sendo imobilizado no próprio terminal.
O motorista foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado de ambulância para um hospital. O crime aconteceu após o motorista recusar deixar o passageiro não pagar passagem.
Segundo informações apuradas pela repórter Marla Bermudes, da TV Vitória/Record, enquanto o ônibus passava pela Rodovia do Sol, a família deu sinal e tentou entrar pela porta traseira sem pagar.
O motorista parou e até permitiu que os passageiros entrassem. No entanto, dentro do coletivo o condutor pediu para o homem pagar a passagem.
Foi iniciada uma discussão e, com isso, o motorista achou melhor parar e desembarcar o passageiro na Polícia Rodoviária Estadual (PRE), no posto da Barra do Jucu. Ele chegou a ser ouvido pela polícia, mas foi liberado.
Em seguida, conseguiu embarcar em outro ônibus e seguir até o Terminal de Itaparica, onde avistou o motorista com quem havia discutido minutos antes. O passageiro foi atrás, dando facadas na cabeça e no braço do condutor, que estava fora do coletivo durante o ataque.
Policiais, inclusive alunos soldados, abordaram e imobilizaram o passageiro, que foi detido e encaminhado para a Delegacia Regional de Vila Velha.
A Polícia Militar, em nota encaminhada à reportagem, alegou que o motivo do crime seria uma discussão iniciada após o motorista solicitar que a família se sentasse, uma vez que permanecia em pé, o que apresentava risco de acidentes.
Sindirodoviários pede mais reforço policial
Em entrevista à reportagem da TV Vitória, o presidente do Sindirodoviários, Marcos Alexandre, o Marquinhos Jiló, alegou que os trabalhadores da categoria estão vulneráveis a agressões.
Estamos sujeitos a esse tipo de agressão no Sistema Transcol. Mesmo com todos os esforços da Polícia Militar e do governo do Estado, pedimos policiamento nos terminais e isso está sendo atendido. Mas a nossa profissão é muito de risco e pedimos que reforcem ainda mais nas linhas mais críticas”.
Marquinhos Jiló
*Com informações da repórter Marla Bermudes, da TV Vitória/Record