O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) quer que o acusado de matar o jovem Breno Rezende de Carvalho, de 25 anos, assassinado na Rua da Lama, em Jardim da Penha, Vitória, seja condenado pelo crime e ainda pague pelo menos R$ 500 mil por danos morais.
Vilson Luiz Ballan, que era dono do bar Sofá da Hebe, está preso pelo assassinato. Breno foi morto com uma facada no peito na madrugada do dia 15 de março deste ano. A motivação teria sido uma cobrança de uma conta de R$ 16 em cerveja.
O pedido do pagamento do valor foi feito em uma audiência realizada no Fórum Criminal de Vitória nesta segunda-feira (16). Foram ouvidas cinco testemunhas de defesa do réu e cinco testemunhas listadas pelo Ministério Público.
O MPES também pediu que o réu seja levado a julgamento pelo Tribunal do Júri, acusado de homicídio duplamente qualificado. Segundo a denúncia, “o crime foi cometido por motivo fútil e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima”.
Crime motivado por R$ 16
A discussão que teria culminado no homicídio do jovem aconteceu quando Breno estava com amigos no bar do acusado, o Sofá da Hebe. O grupo teria pegado uma cerveja e deixado uma segunda bebida paga.
Vilson então teria se aproximado do grupo e cobrado o valor de R$ 16 da segunda cerveja. Os jovens explicaram a ele que o valor já havia sido pago, mas o acusado não aceitou a explicação. Ele ameaçou os jovens e disse: “Vocês têm cinco minutos para resolver isso”.
Diante da ameaça, os jovens chamaram o garçom do estabelecimento, que confirmou a Vilson que a cerveja havia sido paga. O acusado continuou a não aceitar as explicações e passou a discutir com o próprio funcionário.
A denúncia descreve ainda que Vilson continuou a encarar o grupo e logo depois se aproximou de Breno para cometer o crime. O assassinato foi flagrado por uma câmera.
Veja o vídeo do crime:
Após o crime, Vilson entrou imediatamente em um carro e fugiu do local. O carro pertence ao irmão dele, Adilso Villan. A faca utilizada no crime foi encontrada na carroceria do veículo, que estava na casa de Adilso.
Passado o período de flagrante, o acusado se apresentou à polícia e teve a prisão temporária decretada.