Uma mulher acionou uma torre de segurança do governo do Estado e pediu ajuda à Guarda Municipal de Vitória após, segundo testemunhas, ter sido agredida pelo marido dentro do imóvel onde o casal vive, no Centro da Capital. O caso aconteceu na manhã desta sexta-feira (14).
Os agentes foram até o endereço e encontraram o suspeito sendo revistado, com as mãos na parede. No chão, estavam uma faca e uma barra de ferro, apreendidas pela equipe. Da porta, a vítima acompanhava toda a abordagem e relatava ameaças do marido.
Mesmo diante da presença dos guardas, o homem continuava hostil. Ao ser questionada, a mulher disse que desejava representar contra ele.
Ao perceber a intenção da companheira de prosseguir com a denúncia, o suspeito tentou intimidá-la verbalmente. A situação levou a equipe a solicitar reforço, e outra viatura foi enviada ao local. Dentro do imóvel, os agentes voltaram a perguntar se ela queria formalizar o procedimento.
Abalada, a vítima mudou de ideia. Chorando, mostrou hematomas que, segundo ela, teriam sido causados por golpes com a barra de ferro. “Eu sei que ele vai voltar ainda, eu sei”, desabafou.

Testemunhas e a vítima relataram que, depois da agressão, ela correu cerca de 100 metros até conseguir acionar a torre de segurança instalada no fim da rua. O Ciodes recebeu o chamado e direcionou a viatura mais próxima. A Guarda, que fazia patrulhamento na região, chegou em poucos minutos.
O inspetor Alberti explicou que, como os agentes não presenciaram agressões físicas e a vítima optou por não representar, não houve detenção.
“Chegando aqui tomamos ciência da situação. Eles estavam em discussão ainda, porém como a Guarda não presenciou nenhum tipo de agressão, apenas discussão verbal do casal, e a senhora não quis representar, é um fato que precisa de representação”, afirmou.
Ao final da ocorrência, o homem ainda tentou se aproximar da vítima novamente. Ele acabou liberado, enquanto ela retornou sozinha ao imóvel.
Segundo a Guarda Municipal, situações envolvendo pessoas em vulnerabilidade são comuns. “É comum atendermos e não haver representação, mas é necessário e orientamos fazer a representação, seja verbal ou física”, disse o inspetor.
A corporação reforça que mulheres vítimas de violência devem buscar ajuda, denunciar e acionar as forças de segurança sempre que necessário.
*Com informações da repórter Suellen Araújo, da TV Vitória/Record