Uma mulher com um bebê recém-nascido no colo foi esfaqueada pelo ex-marido na manhã de domingo (13), em Barramares, em Vila Velha. O homem, pai do bebê, ainda teria ameaçado a vítima e se recusado a deixar a criança com a mãe.
Segundo a arrumadeira, de 33 anos, ela foi agredida com socos e mordidas, além das facadas. Ela ficou com cortes na cabeça e no braço. O homem, de 31 anos, estaria embriagado, segundo a vítima.
“Ele já chegou alterado, drogado e começou com as agressões verbais, dizendo que ia me matar. Quando eu levantei com a neném no colo, ele pegou a faca e deferiu o golpe. No impulso, eu botei o braço na frente porque ele ia acertar o meu peito”, disse a vítima.
O filho mais velho da mulher, de 13 anos, foi quem desarmou o agressor. Eles conseguiram imobilizá-lo, o menino tirou a faca da mão do homem e pegou a bebê. A vítima conseguiu fugir de casa e pedir ajuda, mas o suspeito não a deixou levar os filhos.
O adolescente ficou com a criança no colo sem conseguir sair da casa. A mulher acionou a polícia, que foi ao local e prendeu o homem dentro da residência.
“Ele falou que ela não ia sair de lá. Eu saí e chamei a polícia. Graças a Deus, eles não demoraram a chegar, foi de cinco a sete minutos. Quando eu dei a volta no quarteirão, já encontrei com a viatura e eles renderam ele dentro de casa”, relata a vítima.
Os militares encontraram o suspeito com o bebê dentro de um quarto e deram voz de prisão. O homem não obedeceu e precisou ser algemado para ser conduzido à Delegacia Regional de Vila Velha.
Segundo os policiais, dentro da viatura, o suspeito ainda chegou a gritar e ameaçar a vítima de morte. Ele foi autuado em flagrante por lesão corporal e injúria, ambas na forma da Lei Maria da Penha e encaminhado a um presídio.
Histórico de violência
Esse não foi o primeiro caso de violência que o homem cometeu contra a vítima. Em 2018, a mulher chegou a ficar hospitalizada por conta de agressões. Ela tinha medida protetiva contra ele, que já venceu.
Os dois viveram um relacionamento de 11 anos e estavam separados há quatro meses. Segundo a mulher, ele sempre foi violento.
“No começo tudo são flores e a gente acredita que é uma pessoa boa. O que eu falo para as mulheres hoje é que, no primeiro tapa, já corra. Não fique porque piora a situação. Eu já morri várias vezes na mão dele. Meus filhos precisam de mim. Não quero viver mais nessa situação”, disse a mulher.
*Com informações da repórter Gabriela Valdetaro, da TV Vitória/Record