Poucas horas após a Justiça determinar a soltura de Marlon Brandon Coelho Couto da Silva, o MC Poze do Rodo, a mulher dele, a influenciadora Viviane Noronha, foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro de combate a lavagem de dinheiro. As investigações miram um núcleo que teria movimentado mais de R$ 250 milhões da alta cúpula do Comando Vermelho.
MC Poze do Rodo foi preso no dia 29 de maio, durante operação Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), por conta de um mandado de prisão temporária. Ele é investigado por suspeita de envolvimento com a facção criminosa e por apologia ao crime. Na segunda-feira (02), a Justiça concedeu habeas corpus para que o funkeiro deixe a prisão.
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No entanto, na manhã desta terça-feira (03), enquanto aguardava pela soltura do marido, Viviane foi um dos alvos da operação deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Segundo a corporação, a influenciadora e a empresa dela teriam sido beneficiárias de recursos oriundos do Comando Vermelho recebidos por meio de “laranjas”.
“As análises financeiras apontam que valores provenientes do tráfico de drogas e de operadores da lavagem de capitais da facção foram canalizados para contas bancárias ligadas à mulher, que passou a ser um dos focos centrais do inquérito”, afirma a polícia em nota.
A operação foi deflagrada por equipes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD).
“Professor” apontado como engrenagem do esquema
As investigações da Polícia Civil do Rio apontam que os valores movimentados são oriundos do tráfico de drogas e da compra de armamentos de uso restrito.
O esquema utilizava contas de pessoas físicas e jurídicas para dissimular a origem ilícita do dinheiro. Os valores eram reinvestidos na compra de fuzis, cocaína e na ampliação do poder da facção criminosa em diversas comunidades.
De acordo com a polícia, Philip Gregório da Silva, o “Professor”, figurava como uma das engrenagens financeira desse esquema, porque é apontado como responsável por promover o “Baile da Escolinha”. O evento seria forma de dominação cultural e captação de recursos para o tráfico de drogas e armas.
Professor foi morto com um tiro na cabeça, na noite de domingo (1º), no Rio de Janeiro. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Ele estava foragido desde 2018.
Restaurante utilizado para lavar dinheiro
As investigações revelaram ainda que um restaurante situado em frente ao local onde é realizado o “Baile da Escolinha” funcionava como ponto de lavagem de dinheiro.
“O local era utilizado como polo logístico e símbolo de poder da facção, conectando a vida noturna da comunidade à engrenagem financeira do Comando Vermelho”, informa a Polícia Civil.
Uma empresa produtora também seria utilizada no esquema como operadora da lavagem de dinheiro e fomentadora de bailes funk promovidos pela facção.
Equipe de Jornalismo
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