Foto: Montagem/ Folha Vitória
Foto: Montagem/ Folha Vitória

A esposa do traficante Alisson Lemos Rocha, conhecido como “Russo” ou “Gordinho do Valão”, foi presa nesta quinta-feira (30), em Barro Branco, na Serra. Alisson foi morto na megaoperação das forças de segurança do Estado do Rio de Janeiro.

Segundo informações da Polícia Civil, as investigações indicaram que, após a morte do marido, a suspeita Karine Gabrielly Moreira, de 18 anos, passou a retirar armas e entorpecentes que estavam em casa.

Alisson foi morto durante confronto da polícia com o Comando Vermelho no RJ. Foto: Divulgação/ Polícia Civil

Diante de denúncias anônimas, os policiais foram até a residência e apreenderam uma barra de maconha e “catuques” – os bilhetes escritos por presos para pessoas que estão fora do sistema prisional.

Antes de completar 18 anos em abril deste ano, Karine Gabrielly Moreira foi apreendida três vezes por tráfico de drogas.

A ação conjunta contou com a atuação da Subsecretaria de Inteligência (SEI), Disque-Denúncia 181 e do Departamento Especializado de Narcóticos (Denarc).

Megaoperação no RJ termina em 121 mortes

Ao menos 121 pessoas morreram, incluindo quatro policiais, durante a megaoperação no Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha contra Comando Vermelho (CV) na última terça-feira, 28.

A facção reagiu e lançou bombas por meio de drones, o que transformou a região em um cenário de guerra, com reflexos em importantes vias da cidade, como a Avenida Brasil e a Linha Amarela. A operação foi a mais letal da história do Estado do Rio de Janeiro.

No total, cerca de 2,5 mil policiais civis e militares participaram da ofensiva. No Alemão e na Penha, pelo menos 87 escolas tiveram as atividades afetadas – 48 nem chegaram a abrir. O total de alunos impactados foi de 29 mil.

Além do clima de medo nas favelas, houve bloqueios em importantes vias da cidade, como a Avenida Brasil, a Linha Amarela, entre outras.

A ação, que repete cenas de guerras, expôs o poder crescente do crime organizado no país e as dificuldades do poder público de reprimir o narcotráfico, com efeitos violentos para os moradores das comunidades pobres.

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão

Produtora Web

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória