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Tortura e assalto: mulher é presa por atrair homens em aplicativo para falsos encontros

Um dos homens vítimas da quadrilha foi mantido em cárcere privado por mais de 24 horas, e sofreu tortura física. Ele passou até por "roleta-russa"

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Foto: Polícia Civil/ Divulgação
Foto: Polícia Civil/ Divulgação

Uma mulher de 40 anos foi presa suspeita de integrar um grupo de atraía homens para encontros falsos, realizava tortura física, psicológica e roubava as vítimas em Vitória. A prisão foi realizada nesta segunda-feira (22) no bairro Parque Jacaraípe, na Serra.

Segundo informações da Polícia Civil, um dos crimes foi registrado em março de 2024. Na época, um homem marcou um encontro por meio de um aplicativo e foi mantido em carcere privado por mais de 24 horas.

Ele sofreu tortura física e psicológica, incluindo ameaças com arma de fogo em uma simulação de “roleta-russa”. Os bandidos exigiam as senhas bancárias.

Além disso, os criminosos realizaram uma festa no local, com a participação de outras pessoas, consumo de bebidas alcoólicas e pizza, enquanto a vítima permanecia amarrada em um dos quartos.

Polícia Civil

Durante as investigações foi identificado que a mulher presa foi responsável por indicar contas bancárias de terceiros, conhecidos como “conteiros”, para transferências dos valores subtraídos da vítima.

Ao todo, 11 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Espírito Santo, sendo que oito delas estão presas preventivamente e respondem a processo. A mulher detida foi encaminhada ao sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça.

Tortura até com ferro quente

Em agosto, no dia 25, uma outra mulher, de 50 anos, já havia sido presa por integrar a quadrilha. Na época, a prisão aconteceu na Rodovia do Sol, na Praia de Itaparica, em Vila Velha.

As vítimas eram atraídas para encontro e depois torturadas até com ferro quente e extorquidas pela organização criminosa. Ao chegar no local combinado para o encontro, os homens eram surpreendidos pelos criminosos e mantidos em cárcere privado.

Além de terem que fazer transferências bancárias, as vítimas tinham que entrar em contato com familiares para pedir mais dinheiro.

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória

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