Polícia

França detém 12 suspeitos de participação em ataques terroristas

As ações policiais tiveram início nesta manhã, depois de autoridades da Bélgica terem agido para se antecipar ao que chamaram de um grande ataque iminente no país

Redação Folha Vitória
Um dos ataques aconteceu dentro da redação do jornal satírico Charlie Hebdo Foto: Twitter WilliamMolinie

Paris - A polícia francesa deteve 12 pessoas suspeitas de ligação com os ataques realizados em Paris na semana passada, informou a promotoria nesta sexta-feira. Em operações simultâneas realizadas durante a noite na região da capital francesa, várias equipes detiveram oito homens e quatro mulheres suspeitos de participação nos ataques ao jornal satírico Charlie Hebdo e no mercado kosher na semana passada.

"A maioria deles é conhecida da polícia por atividades criminosas", declarou o ministro do Interior Bernard Cazeneuve.

As ações policiais tiveram início nesta manhã, depois de autoridades da Bélgica terem agido para se antecipar ao que chamaram de um grande ataque iminente no país na quinta-feira, quando dois suspeitos foram mortos e um terceiro detido, numa ampla ação antiterrorismo que se estendeu noite adentro.

O alerta para terrorismo está no nível mais alto em Paris, onde a polícia esvaziou a estação de trem de Gare de l'Est nesta sexta-feira, após uma ameaça de bomba. A estação, uma das principais da capital francesa, atende cidades a leste de Paris e também países a leste da França.

Em Berlim, a polícia deteve dois homens na manhã desta sexta-feira sob suspeita de recrutar combatentes para o Estado Islâmico na Síria.

A ansiedade em toda a Europa cresce com a caçada a potenciais cúmplices dos três terroristas de Paris. As autoridades tentam evitar ataques realizados pelos milhares de extremistas europeus que se uniram aos extremistas do Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

A ação belga numa antiga padaria representa um sinal de que o terrorismo infiltrou-se profundamente na Europa. Forças de segurança tentam encontrar militantes na região, alguns dos quais podem ter voltado após combater na Síria.

As operações na Bélgica aparentemente não têm ligação com os ataques na França e o alvo dos ataques em território belga seriam instalações policiais. "Eles estavam para cometer importantes ataques terroristas", disse o magistrado federal Eric Van der Sypt durante coletiva de imprensa em Bruxelas.

As autoridades disseram que 300 moradores da Bélgica foram lutar com extremistas islâmicos na Síria. Não se sabe quantos retornaram. Milhares de extremistas europeus também lutam em território sírio.

Anteriormente, as autoridades belgas haviam dito que procuravam possíveis ligações entre o homem que detiveram na cidade de Charleroi, sul do país, por comércio ilegal de armas, e Amedy Coulibaly, que matou quatro pessoas num mercado kosher de Paris.

Vários outros países também estão envolvidos na caça a possíveis cúmplices de Coulibaly e dos irmãos Chérif e Said Kouachi, que atacaram o jornal. Os irmãos Kouachi disseram ter ligação com a Al-Qaeda no Iêmen, enquanto Coulibaly disse ser aliado do Estado Islâmico. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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