Polícia

Capixaba é preso na Itália por aplicar golpe milionário em empresários

O golpista dizia agir como agente do mercado financeiro e recebia dinheiro de empresários para realizar movimentações

Foto: Reprodução

Um capixaba foi preso na Itália responsável por golpes que deram prejuízos de mais de R$ 10 milhões. A polícia solicitou a prisão preventiva do Felipe Medici Toscano com alerta vermelho da Interpol.

O golpista dizia agir como agente do mercado financeiro e recebia dinheiro de empresários para realizar as movimentações.

De acordo com a delegada da Delegacia Especializada em Defraudações e Falsificações (DEFA), Rhaiana Bremenkamp, a relação entre Felipe e o empresário que o denunciou começou em 2014. Ele foi apresentado ao golpista ao buscar formas de investir no exterior.

Segundo Bremenkamp, Felipe apresentava relatórios falsos das ações, criou sites de bancos falsos, criou aplicativos falsos em que a vítima poderia ver toda a movimentação e mandava extratos falsos por e-mail. Desta forma, a vítima acreditava que estava acompanhando o dinheiro investido.

Com o dinheiro do golpe, Felipe fraudou diversos documentos, procurações, contratos e a partir daí passou a movimentar o dinheiro da vítima sem que ele percebesse. O golpista dizia ao empresário que o resgate poderia ser feito a qualquer tempo. 

A vítima precisou realizar resgates de parte do dinheiro em dezembro de 2017 para fazer um investimento no Brasil e solicitou o resgate. 

"Felipe começou a enrolar, falou que o investimento dava lucro, que era melhor não e a vítima continuou insistindo. O golpista disse que em março de 2018 ‘daria tudo certo', até que em 14 de março o Felipe fugiu para a Itália. A partir daí foram várias desculpas. Até o momento que a vítima entrou em contato com os bancos e descobriu que as contas estavam zeradas", informou a delegada. 

Felipe Medici Toscano foi preso no dia 19 de dezembro e agora ele se encontra à disposição da Justiça brasileira para extradição. A princípio ele estava em Milão, na Itália.

Investigações continuam

Outras três pessoas e duas instituições financeiras são investigadas no caso. De alguma forma eles podem ter contribuído para a fraude. De acordo com a delegada, a partir do momento que os bancos recebem toda a documentação falsa, também tem parcela de responsabilidade.

Outra vítima foi localizada. Esta teria perdido R$ 315 mil da mesma forma. Há ainda um terceiro empresário que teria perdido R$ 5 milhões através dos esquemas do golpista. A vítima procurou a polícia de maneira informal para conversar e nenhum inquérito foi instaurado ainda.

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