Polícia

Número de mortes em confrontos policiais cresce 40% no Estado em 2022

Os dados fazem parte de um levantamento do Instituto Jones dos Santos Neves e fazem uma comparação com o ano anterior

Foto: Reprodução / TV Vitória

O número de mortes em confrontos com policiais militares cresceu 40% no Espírito Santo em 2022 em relação ao ano anterior. Os dados fazem parte de um levantamento do Instituto Jones dos Santos Neves.

O estudo mostrou que, em 2022, 37 pessoas morreram na Grande Vitória em decorrência de confrontos com policiais militares. Para o comandante da Polícia Militar no Espírito Santo, Douglas Caus, os casos estão ligados ao combate ao tráfico de drogas e a homicídios.

Segundo a autoridade, em 2022 foram registradas 14 mortes na Serra durante intervenção policial. O município é o primeiro que aparece no levantamento. Em seguida vem Cariacica e Vitória, com oito mortes, e depois Vila Velha, com sete.

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O coronel afirmou que, apesar dos dados da letalidade policial, o Espírito Santo é um dos estados brasileiros com o menor registro desse tipo de caso.

Equipamentos

O comandante da PM também informou que os policiais militares do Espírito Santo receberam novos armamentos. Segundo ele, são armas importadas de Israel e da Áustria.

Nos últimos anos, tem se discutido no Brasil o uso de câmeras em fardas policiais. Em São Paulo, por exemplo, o projeto “Olho Vivo” já funciona desde 2021. Segundo a autoridade policial, lá os equipamentos gravam a rotina no trabalho dos agentes de segurança e aqui no estado a tecnologia está em fase de estudo e pode ser colocada em prática ainda neste ano.

Comunidades periféricas e os confrontos policiais

Para o coordenador de ações sociais da Central Única das Favelas (Cufa-ES), Luciano Furtado, a falta de políticas públicas em comunidades periféricas é o maior desafio a ser vencido. 

“Armar policiais aumenta o sentimento de medo nas comunidades”, afirmou.

Sobre o assunto, o coronel Douglas Caus afirmou que as famílias que perderam parentes em confrontos podem também recorrer à corregedoria para cobrar investigações.

* Com informações da repórter Suellen Araújo para a TV Vitória | RecordTV

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