Morte irmãos carbonizados

Polícia

Tragédia em Linhares: advogado de Rainy vai pedir relaxamento da prisão nesta quarta-feira

Rainy é pai biológico de Kauã Salles Butkovsky, morto pelo padrasto, Georgeval Alves, junto com o irmão Joaquim

Thaiz Blunck

Redação Folha Vitória
Foto: Andre Vinícius Carneiro

O advogado de Rainy Butkovsky, preso na terça-feira (19) após discutir com o juiz Carlos Abad na porta do Fórum Desembargador Mendes Wanderley, em Linhares, afirmou que vai pedir, nesta quarta-feira (20), o relaxamento da prisão do empresário. 

Rainy é pai biológico de Kauã Salles Butkovsky, morto junto com o irmão Joaquim pelo padrasto, Georgeval Alves. A prisão dele aconteceu logo após o fim da audiência de terça-feira (19), no momento em que os dois réus do processo, Georgeval e Juliana Sales, mãe dos dois meninos, saíam do fórum. 

Em conversa com o jornal Folha Vitória nesta manhã, o advogado de Rainy, Siderson Vitorino, explicou que vai fazer o pedido de relaxamento da prisão às 12 horas, logo após a abertura do Fórum de Linhares, no Norte do Espírito Santo. 

"Nós vamos fazer um pedido de relaxamento de prisão combinado com pedido de liberdade provisória sem fiança e com o pedido de liberdade provisória com fiança. O Código de Processo Penal diz que a prisão ilegal será imediatamente relaxada, então nós vamos tentar isso agora ao meio dia", afirmou. 

Enquanto isso, o pai de Joaquim permanece preso na Delegacia Regional de Linhares e recebe visitas de uma outra advogada. 

"Ontem a doutora Larissa levou para ele um jantar com suco e sobremesa. Hoje ela esteve lá novamente para levar um café da manhã e também para conversar com o Rainy. Se o juiz que receber o processo hoje entender que não é uma  hipótese de relaxamento, a gente pede a liberdade provisória sem fiança. Se, mesmo assim, ele entender que deve existir o arbitramento de fiança, então que seja arbitrada", concluiu o advogado. 

Prisão
O advogado contou que o empresário protestava do lado de fora do fórum, onde aconteceu mais uma etapa da audiência de instrução do caso da morte de Kauã e Joaquim, quando o magistrado deu voz de prisão a seu cliente. Segundo o advogado, o magistrado entendeu que houve desacato por parte de Rainy.

"Um juiz que passava na porta do fórum, de calça jeans e camiseta, entendeu por bem dar voz de prisão para o Rainy quando ele estava ali protestando na saída do Georgeval Alves e da Juliana. Ele entendeu que houve desacato, o que não se coaduna com a verdade nem se perfila com o direito, já que meu cliente não identificou ali nenhum tipo de ordem legal a ser cumprida e também não desrespeitou qualquer tipo de mandado de autoridade judiciária", afirmou Vitorino.

Policiais militares que estavam no local atenderam à ordem de prisão dada pelo juiz e detiveram o pai de Kauã. Ele foi encaminharam para a Delegacia Regional de Linhares.


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