Polícia

“BR Ratobras”: operação contra furto de combustíveis cumpre mandados no ES

A Operação Ratoeira foi deflagrada nesta quarta-feira (23), pela Polícia Civil e Ministério Público do Rio de Janeiro

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram, na manhã desta quarta-feira (23), a Operação Ratoeira, contra integrantes de uma organização criminosa especializada na perfuração de dutos da Transpetro, para subtração de petróleo e combustível. 

Ao todo, 10 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão estão sendo cumpridos no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco. Até o momento, cinco pessoas foram detidas. 

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A ação é realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro e conta com apoio de delegacias do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) e da Polícia Civil do Espírito Santo.

As investigações tiveram início a partir da prisão em flagrante de dois integrantes da quadrilha no município de Magé, quando conduziam petróleo subtraído. 

Na ocasião, os celulares da dupla foram apreendidos e passaram a fazer parte do processo investigatório. Com o andamento das investigações, os agentes identificaram os criminosos e as respectivas funções nas derivações clandestinas.

Segundo os policiais, a estrutura do grupo é formada por três núcleos: 

- 1º: Um responsável por efetuar a perfuração nos dutos com uso de equipamentos próprios

- 2º: Um responsável pela extração e transporte do petróleo e combustível subtraídos em caminhões

- 3º: Empresários receptadores do produto

Grupo de conversas denominado "BR Ratobras"

A comunicação entre eles é feita por meio de aplicativo de mensagens, no qual planejam estratégias de atuação, principalmente em áreas remotas e em horários noturnos. 

O grupo criado para as conversas da organização criminosa é denominado “BR Ratobras” e possui uma espécie de logomarca com a imagem de um rato portando um fuzil.

A ´Polícia Civil do Rio de Janeiro destacou que furto de petróleo e derivados a partir da perfuração de dutos da Transpetro/Petrobras é classificado como um crime de alta periculosidade social.

"Além de causar prejuízos econômicos à empresa e, por via indireta, ao consumidor, cria um risco concreto de vazamentos, incêndios, explosões e danos ambientais, colocando em perigo as comunidades vizinhas às faixas de dutos e o meio ambiente", diz a nota. 

O que diz a Transpetro

"A Transpetro colabora com as investigações das autoridades de segurança púbica para coibir o crime de furto de óleo e derivados em dutos. Vale ressaltar que as autoridades vêm atuando fortemente na repressão ao furto de combustíveis em dutos e a parceria está rendendo bons resultados.

Em 2021, foram registrados 102 casos em dutos operados pela Transpetro em todo o país. Destaca-se que mais de 30% dos delitos não chegaram a ser consumados em decorrência do trabalho de inteligência e repressão desempenhado pelas forças de segurança pública. O número de 2021 representa uma redução de cerca de 50% em comparação com o ano anterior, quando ocorreram 201 casos.

A companhia também apoia a medida que está em pauta no Congresso Nacional de endurecimento da pena para quem pratica esse crime (Projeto de Lei 8455/2017). A companhia tem como prioridade a preservação da vida e preza pela segurança das pessoas e do meio ambiente.

O transporte de combustíveis por dutos é seguro e eficiente, mas as intervenções criminosas podem trazer consequências graves para a comunidade, como incêndios, explosões, vazamentos, poluição e contaminação de áreas ambientalmente sensíveis.

A Transpetro agradece o apoio e engajamento da comunidade por meio do canal de denúncias, o 168, e reforça a importância da colaboração dos moradores vizinhos aos dutos para minimizar o perigo que todos correm com esses atos criminosos.

O anonimato é garantido, a ligação é gratuita e o telefone funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. A companhia disponibiliza também o WhatsApp (21) 999920-168, pelo qual o morador pode contribuir enviando imagens e vídeos."

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