Polícia

Forças Armadas e Força Nacional deixam o Espírito Santo após um mês

A cerimônia de encerramento das atividades acontece nesta terça-feira, em Vila Velha, com a presença do ministro da Defesa, Raul Jungmann

Homens da Força Tarefa Conjunta ensaiam para cerimônia de encerramento Foto: Andreia Soares​


Depois de um mês atuando em solo capixaba, os homens das Forças Armadas e da Força Nacional deixam o Espírito Santo. A Cerimônia de Encerramento, que aconteceu na sede do 38º Batalhão de Infantaria, em Vila Velha, contou com a presença de cerca de 1500 homens da Força Tarefa Conjunta, que envolve homens do Exército, Marinha, Aeronáutica e da Força Nacional. Os demais homens permanecem em operações nas ruas do Estado.

Cerimônia de encerramento no 38º Batalhão de Infantaria Foto: ​Divulgação / Governo

A cerimônia foi realizada nesta quarta-feira (7) por motivos de agenda do ministro Raul Jungmann. No entanto, a primeira parte dos homens começa a deixar o Estado na quarta-feira (8). A última, juntamente com os veículos utilizados durante as ações, deixam o Espírito Santo na quinta-feira (9).

Cerimônia de Encerramento

Durante a cerimônia, o ministro da Defesa, Raul Jungmann relembrou a situação caótica que encontrou quando esteve no Estado, no início de fevereiro. "Do caminho do aeroporto até o Palácio Anchieta, o que vi foi uma cidade imersa no medo. Escolas fechadas, transportes nas garagens, serviços médicos encerrados e uma população em casa", lembrou.

Aos militares que trabalharam durante este período no Espírito Santo, o ministro agradeceu e ponderou que a sensação de dever cumprido é o melhor dos prêmios. "Gostaria de poder apertar a mão de cada um dos senhores e dizer: 'dever cumprido'. Vocês levarão meu orgulho e voltarão para casa mais experientes".

Dados

Após a cerimônia, alguns números oficiais foram divulgados acerca do efetivo empregado em ações no Estado. Ao todo, 3169 homens das Forças Armadas estiveram presentes nas ações em solo capixaba, sendo 2637 do Exército, 382 da Marinha e 150 das Forças Aéreas, além de 287 da Força Nacional de Segurança Pública.

Dos veículos oficiais, 4 helicópteros, 227 viaturas e outros 7 veículos blindados foram utilizados durante as ações de segurança nos terminais de ônibus e escolta dos veículos, patrulhamento urbano, reconhecimento aéreo e terrestres, buscas, apreensões, dentre outras ações.

Atuação

As Forças Armadas e a Força Nacional atuam no Estado desde o último dia 6 de fevereiro. Cerca de 3.450 homens realizaram ações de patrulhamento, postos de bloqueio e outros demais serviços pontuais em resposta à necessidade da segurança pública.

A chegada dos homens ao Espírito Santo ocorreu após as entradas e saídas dos batalhões da Polícia Militar serem bloqueadas pelos familiares dos militares, que impediam a saída de viaturas e dos PMs para a realização do policiamento nas ruas. As exigências dos manifestantes eram reajuste salarial para os militares, pagamento de auxílio-alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno.

Na primeira semana da paralisação, a falta de policiamento nas ruas causou uma onda de saques, arrastões e homicídios aconteceu em diversos municípios capixabas, fazendo com que comércios e repartições públicas fossem fechados e serviços suspensos. Além disso, nesse período ocorreram 181 homicídios na Grande Vitória e em cidades do interior.

O movimento teve fim após uma reunião que aconteceu durante a madrugada do dia 24 ao dia 25 de fevereiro.

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