Polícia

Filho é suspeito de tentar matar os pais a facadas e quebrar viatura da polícia na Serra

Os vizinhos viram toda a confusão e chamaram a polícia para o suspeito

Um pintor de 32 anos é suspeito de tentar assassinar os pais, no bairro Nova Carapina II, na Serra. Ao verem a confusão, vizinhos chamaram a polícia. De acordo com a família, o rapaz chegou em casa agressivo e colocou os pais no quarto.

"Meu coração está muito doído, pois eu não tenho muita saúde e na hora minha boca adormeceu. Eu não sabia se bebia água ou corria. Ele estava com uma faca e a gente ficou preocupado. Fomos para fora e ele tentou acertar a faca no meu marido. Ficamos correndo de um lado para o outro com medo dele matar a gente. Ele chegou a falar que mataria", contou a mãe do suspeito, uma dona de casa de 54 anos.

Mesmo na rua, a confusão continuou. Vasos com plantas, que estavam no segundo andar da casa, foram arremessados contra as vítimas. "Tentou jogar os vasos na gente, aí corremos", disse a mulher.

Como o casal manteve distância do filho, ele então lançou uma faca contra o peito do pai e por pouco não o atingiu. "Meu marido pulou para trás e a faca não acertou ele", relatou a mãe do suspeito.

A confusão chamou a atenção dos vizinhos, que ligaram para a polícia. Pai e mãe, mesmo amedrontados, não conseguiram denunciar o filho. "É filho. A gente fica com medo de ligar para a polícia. Pode ser o que for, mas é filho da gente. Foi alguém que chamou, mas eu não sei quem", afirmou.

O pintor foi levado para a Delegacia da Serra, mas estava tão alterado que não foi possível prestar depoimento. Os pais também estiveram na unidade policial, mas resolveram não registrar a ocorrência. Mesmo assim, o pintor foi autuado, não pela tentativa de homicídio, mas porque estava tão nervoso que no trajeto de casa para a delegacia acabou danificando a viatura.

Segundo a família, o pintor é uma boa pessoa, mas fica violento quando ingere bebida alcoólica e faz uso de drogas. Na manhã desta terça-feira (13) ele foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de Viana. Mesmo horas após o crime, ele permanecia agitado e negou agressões. "Eu não encostei a mão, pois eu não sou espancador de pai", disse.

Sobre estar com uma faca, ele admitiu. "Faca eu estava mesmo, mas eu não queria nada com eles, eu queria com os inimigos", alegou o suspeito.

Antes de seguir para a audiência de custódia, diferente dos pais, que estavam abalados, o suspeito só demonstrou revolta. "Eu não quero saber desses pais meus nunca mais na minha vida. Daqui para frente vou ter minha vida, vou embora", destacou.

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