MORTE gerson camata

Polícia

Caso Gerson Camata: última testemunha de defesa será ouvida dia 30 de maio

A audiência de instrução sobre o caso teve início na segunda-feira (22)

Foto: Divulgação

Uma nova audiência sobre o processo que apura o assassinato do ex-governador do Espírito Santo e ex-senador Gerson Camata foi marcada para o dia 30 de maio. Na ocasião, será ouvida a última testemunha de defesa, que não prestou depoimento na audiência desta terça-feira (23) por motivos de saúde.

A expectativa é de que, após o fim dos depoimentos de todas as testemunhas, o réu do processo, Marcos Venicio Moreira Andrade, seja interrogado. Depois disso, o juiz da 1ª Vara Criminal de Vitória dará a sentença de pronúncia, ou seja, decidirá se o acusado será ou não submetido a juri popular.

Durante a audiência desta terça-feira, realizada no Fórum Criminal de Vitória, na Cidade Alta, seis testemunhas de defesa foram ouvidas. A princípio, estavam previstos oito depoimentos, mas uma testemunha faltou e outra foi dispensada pela equipe de defesa do réu.

A audiência de instrução sobre o caso teve início na segunda-feira (22). Na ocasião, nove pessoas foram ouvidas, sendo oito testemunhas de acusação e a viúva da vítima, Rita Camata, que foi ouvida na condição de informante.

O crime
Gerson Camata foi assassinado com um tiro no pescoço na tarde do dia 26 de dezembro do ano passado, na Praia do Canto, em Vitória. Marcos Venício Moreira Andrade foi preso no mesmo dia e confessou ter assassinado o ex-governador.

Marcos é economista e era o responsável pelas finanças e pelas campanhas políticas de Camata entre os anos de 1986 e 2005. O ex-governador moveu um processo contra o acusado depois que ele foi a público apontar possíveis irregularidades no governo de Camata. Eles tinham uma briga desde então e o processo teria motivado o crime.

O ex-assessor foi condenado pela Justiça por calúnia e difamação, após dar uma entrevista ao jornal "O Globo", em 2009, acusando Camata de cometer supostas irregularidades, como o envio de notas fiscais frias e ter cobrado mensalidade de empreiteiras para votar projetos que fossem de interesse das empresas. A multa inicial para Andrade, na ação por difamação, foi estipulada no valor de R$ 50 mil.

Andrade recorreu da decisão, mas não conseguiu reverter a pena. Porém, a multa foi reduzida para R$ 20 mil. Com o passar dos anos e com os juros cobrados, o valor triplicou, alcançando a quantia de R$ 60 mil. Em 2018, a Justiça bloqueou as contas de Marcos Venicio para o pagamento da indenização.

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