Associação defende PM e diz que vídeo "só mostra parte do ocorrido"
A apuração da ação do policial será realizada pela Corregedoria da Polícia Militar. O policial foi afastado preventivamente das funções
A Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo (ACSPMBM/ES) se manifestou após a divulgação das imagens onde um policial é flagrado agredindo um morador, em Jardim Tropical, na Serra. O caso ganhou repercussão no último sábado (08).
A associação ressaltou, por meio de uma nota, que as imagens veiculadas mostram apenas uma parte do ocorrido. "Diante disso é importante averiguar todo o contexto da ocorrência para que as responsabilidades dos fatos não recaiam, apenas, sobre o policial militar".
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Segundo a entidade, os PMs foram até a distribuidora para acompanhar o fechamento do local. A ordem do encerramento das atividades foi respeitada por todos os presentes, exceto pelo jovem em questão.
"Ele também ficou insultando e provocando os militares envolvidos na ocorrência. O jovem estava bebendo na casa de um amigo antes de chegar na distribuidora, o que pode indicar que já estava bastante alcoolizado", descrevem na nota.
Ainda de acordo com a Associação, além de ter desrespeitado a ordem policial, o abordado ainda falou frases como “vocês são frouxos”, “eu acho é pouco quando morre só um policial por dia. Por mim podia morrer 10”, se referindo ao assassinato do soldado Gildo, ocorrido na madrugada do último sábado (8).
A ACSPMBM/ES também ressaltou que o militar associado, envolvido na ocorrência, possui uma conduta sem nenhuma culpa, ou seja ilibada, com mais de 40 elogios em sua ficha, e que será representado pelos advogados da Associação.
Após a ação, a Polícia Militar, por meio da Corregedoria, informou que o Inquérito Policial Militar (IPM) será instaurado nesta segunda-feira (10), determinando o afastamento cautelar do militar em questão.
"Abordagem não pode ser assim", diz vítima
As imagens registradas pelas câmeras do estabelecimento mostram o jovem encostado na parede quando o PM agita e dispara o spray de pimenta contra o rosto do jovem.
Ele limpa o rosto com a camisa e depois mostra que a cena está sendo gravada. Novamente o militar joga o spray no rapaz. O policial militar chuta o jovem, que cai na hora. Pela terceira vez o spray é disparado e em seguida a vítima recebe um tapa.
À reportagem da TV Vitória, o rapaz afirmou que se sentiu constrangido. Ele contou que estava bebendo na casa de um amigo e, antes de ir para casa, resolveu passar na distribuidora localizada na Avenida Central do bairro para comprar cigarro.
O rapaz agredido afirma que estava aproveitando o único dia folga que tem na semana e jamais esperava passar por essa situação.
Ainda de acordo com a vítima, ele aguardava ser atendido quando os policiais chegaram. Os militares teriam ordenado que todos fosse embora, mas o jovem continuou esperando e foi neste momento que as agressões começaram.
O jovem conta que outras pessoas estavam no local no momento em que tudo aconteceu, mas nega que estivesse acontecendo um baile clandestino na rua.
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