Polícia

Ônibus onde adolescente estava antes de ser morto por suposta gangue na Serra não tem câmeras

Delegado Marcus Vinícius de Souza, da DCCV do município, responsável pelas investigações, recebeu a informação por meio de um funcionário da empresa do coletivo

Marcus Vinícius disse que não vai se pronunciar sobre o caso para não atrapalhar as investigações Foto: TV Vitória

A Polícia Civil segue investigando um assassinato ocorrido no último sábado (16), na Serra, ocorrido logo depois de um grupo de amigos pular a roleta de um ônibus do sistema Transcol. Entretanto, o titular da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) da Serra, delegado Marcus Vinícius de Souza, responsável pelas investigações não terá à sua disposição as imagens de videomonitoramento do coletivo onde a confusão teria começado.

O delegado recebeu essa informação, de forma extraoficial, de um funcionário da empresa responsável pelo ônibus, que fazia a linha 832. Marcus Vinícius ainda aguarda a empresa se posicionar de maneira oficial. Enquanto isso, ele tenta avançar nas investigações de outras maneiras, como por meio de depoimentos de testemunhas do crime e imagens de videomonitoramento de locais por onde coletivo passou na noite do crime.

A polícia ainda investiga a possibilidade de o crime ter sido cometido por um grupo de "justiceiros", que estaria aterrorizando passageiros que se negam a pagar a passagem e pulam a roleta dos coletivos que circulam pelo município. Segundo testemunhas, o grupo vem agindo há cerca de quatro meses. Eles andam sempre entre quatro ou cinco pessoas  e os ataques costumam acontecer em horários específicos, normalmente na saída de festas.

No último caso, registrado no sábado, a vítima foi um adolescente de 17 anos, identificado como Baiano, que foi assassinado com um tiro após ter sido agredido. Segundo testemunha, a vítima estava na companhia de três amigos. 

O grupo seguia para um baile funk. Passava de meia-noite, quando os quatro amigos embarcaram no ônibus da linha 832. Todos eles pularam a roleta. No entanto, logo que sentaram, foram abordados pela suposta gangue. 

Ainda de acordo com testemunhas, os jovens foram levados para os fundos do ônibus. Um dos integrantes teria pedido para que o motorista apagasse a luz. Foi nesse momento que as agressões começaram. Uma das vítimas, também de 17 anos, contou que o grupo era composto por quatro homens e todos estavam armados.

A gangue pediu para que o ônibus parasse na Avenida Civit, na Serra. Os quatro jovens tiveram que descer do coletivo. Uma menina, que foi a última a sair, foi puxada pelo cabelo. Baiano teria tentado ajudá-la, mas um dos integrantes atirou contra ele. Foram dois disparos. Um deles acertou de raspão outro adolescente.

O delegado Marcus Vinícius disse que não vai se pronunciar sobre o caso para não atrapalhar as investigações.

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