Morte irmãos carbonizados

Polícia

Cenário do crime: fotos mostram estragos do incêndio que matou irmãos em Linhares

As telhas que protegem uma área de serviço, quase em frente ao quarto dos irmãos, quebraram

André Vinicius Carneiro

Redação Folha Vitória

Imagens registradas pela equipe de reportagem da Rede Vitória, na manhã desta quinta-feira (24), mostram parte do cenário de destruição provocado pelo fogo, durante o incêndio na residência onde moravam Joaquim, de 03 anos, e Kauã, de 06 anos. Os irmãos foram mortos carbonizados no dia 21 de abril.

Nesta quarta-feira (23), a força-tarefa da Secretaria de Estado de Segurança Publica concluiu que Georgeval Alves, pai e enteado dos irmãos, abusou sexualmente, agrediu e ateou fogo nas crianças ainda vivas.

Do segundo andar de uma casa, foi possível ver na parede acima da janela do quarto onde os irmãos estavam na madrugada do incêndio, as marcas das chamas. A grade da janela também foi atingida. As telhas que protegem uma área de serviço, quase em frente ao quarto dos irmãos, quebraram. Uma calha de escoamento d’água da chuva derreteu com o calor.

De acordo com um vizinho, que não quis ser identificado, na noite do incêndio, ele foi acordado com gritos. Ao abrir a janela, viu o fogo e equipes do Corpo de Bombeiros, já no local, combatendo o incêndio. A cerca elétrica da residência foi atingida e teve que ser substituída.

Moradores de um prédio vizinho à residência relataram que ouviram alguns gritos de crianças no início da madrugada do dia 21 de abril, antes do incêndio.

Mudança recente

De acordo com outro vizinho, que também não quis ser identificado, a família se mudou para o bairro há pouco mais de um mês. Sobre a rotina, o morador disse que raramente via as crianças nas ruas, geralmente os irmãos Joaquim e Kauã eram vistos brincando dentro do quintal, no jardim da residência.

O morador disse ainda que devido ao pouco tempo da chegada da família a região, não houve contato maior. À noite, segundo o vizinho, eram realizados cultos religiosos em alguns dias da semana.

Investigação

Na manhã desta quinta-feira, apenas o delegado André Jaretta, integrante da força-tarefa que investiga o caso, estava na Delegacia Regional de Linhares. O delegado, no entanto, ao ser procurado pela reportagem, informou que não iria atender à imprensa e que todas as informação foram repassadas em coletiva realizada nesta quarta-feira.

Defesa

Nesta quinta, um dos advogados responsável pela defesa de Georgeval Alves disse ainda não teve acesso ao inquérito policial na íntegra. O advogado disse ainda que não tem informação sobre uma possível transferência do detento para outro presídio e que todo o grupo de voluntários que faz a defesa de Georgeval segue em Minas Gerais.

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