Polícia

Operação 'Bota Preta' prende envolvidos em facilitação de fuga de presos no ES

A operação investiga, desde janeiro, um esquema de corrupção e facilitação de fuga de presos no município de São Mateus, entre outros crimes

Cinco pessoas foram presas nesta terça-feira (15) durante a operação "Bota Preta", realizada nos municípios de São Mateus, Vila Velha, Linhares e Nova Venécia. A operação investiga, desde janeiro, um esquema de corrupção e facilitação de fuga de presos no município de São Mateus, entre outros crimes.

De acordo com o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), os crimes, em tese, configuram organização criminosa dirigida à prática de corrupção passiva, prevaricação, corrupção ativa, favorecimento real, fuga de pessoa presa (artigos 317, §1º, 319-A, 333, 349-A e 351, §1º do Código Penal) e organização criminosa (art. 2º, §1º c/c §4º, inciso II da Lei nº 12.850/2013).​

Segundo o MPES, com base em investigações preliminares e interceptações telefônicas, autorizadas pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), foram deferidos e estão sendo cumpridos sete mandados de buscas e apreensão, seis mandados de prisão e um de afastamento cautelar nos municípios de citados, dentre outras medidas.

Todos os presos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Judiciária (DPJ) de São Mateus e, posteriormente, conduzidos para o Complexo Penitenciário de Viana. Um dos acusados não foi encontrado e, portanto, como existe mandado de prisão em desfavor dele, está automaticamente na condição de foragido da Justiça.

A operação foi deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e a Polícia Civil, com o apoio da Diretoria de Inteligência Prisional (DIP) da Secretaria de Justiça (Sejus) e do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES.

Estão participando da operação seis promotores de Justiça, servidores do Ministério Público e 15 policiais militares Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES e mais 13 policiais civis, nove agentes da DIP da Sejus e sete delegados da Polícia Civil.

O nome da operação, Bota Preta, faz referência à forma como são chamados os inspetores penitenciários, os antigos agentes, pelos presos.

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