Polícia

Pai que ameaçou matar filhas por frequentarem terreiro de umbanda no ES é solto

Segundo as adolescentes, de 14 e 16 anos, o motivo das ameaças é que o pedreiro não aceita a escolha religiosa. Ele foi liberado após audiência de custódia

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/TV Vitória

O pedreiro de 34 anos, que ameaçou matar as duas filhas adolescentes, de 14 e 16 anos, durante uma celebração religiosa, foi liberado após expedição de um alvará de soltura. O caso aconteceu em um centro de umbanda, localizado no bairro Riviera da Barra, em Vila Velha, na noite desta quarta-feira (3).

Segundo informações da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), o homem estava no Centro de Triagem de Viana. Ele havia sido preso e encaminhado ao Plantão Especializado da Mulher (PEM). 

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No local, foi autuado por posse de drogas para consumo próprio e por praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, previsto no art. 20 § 2 B da Lei do Crime Racial – Lei 7716/89. Entretanto, foi liberado após a audiência de custódia. 

Homem não aceitava escola religiosa 

As vítimas informaram que o motivo das ameaças ocorreu após o pedreiro não aceitar a escolha religiosa das filhas. No local, todos contaram que ele chegou bastante agressivo, gritando muito e completamente alterado com todos, usando, inclusive, falas intolerantes em relação à umbanda.

"Ele disse ser tudo do demônio e disse que demônio se matava na bala. Tudo o que estava aqui dentro era do demônio", disse Daiane Santana, acolhedora do centro.

Só que não parou por aí e as ameaças continuaram. Já na casa da avó das meninas, o pai teria usado uma arma e também um pedaço de madeira para ameaçar as filhas adolescentes.

"Começou a xingar a gente e preferia ver a gente morrer do que ver daquele jeito. Disse que iria meter bala em tudo e só não matou ninguém porque tinha crianças lá", contou uma das filhas, que não será identificada.

Por nota, a Polícia Civil informou que existe na Região Metropolitana de Vitória a Seção de Investigações Especiais – Pessoas Vítimas de Discriminação Racial, Religiosa, Orientação Sexual ou Deficiência Física. A unidade foi criada em 2019, é subordinada à Divisão Especializada da Região Metropolitana (DRM) e funciona na Chefatura de Polícia Civil.

* Com informações da repórter Ingrid Almeida, da TV Vitória/Record TV

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