Polícia

Polícia faz reconstituição da morte de músico baleado por vizinho em Vitória

Soldado da Polícia Militar apontado como principal suspeito do crime preferiu não comparecer para não produzir provas contra si

Foto: Sesp / Arquivo Pessoal

Quase um mês após a morte do músico Guilherme Rocha, de 37 anos, os policiais civis que investigam o crime voltaram ao condomínio em que o rapaz foi morto, no bairro Jardim Camburi, em Vitória, para fazer a reconstituição das versões apresentadas à polícia.

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As ruas no entorno do condomínio onde o crime ocorreu ficaram interditadas na noite desta quarta-feira (10). A área foi isolada e uma equipe de, pelo menos 50 pessoas, trabalhavam no local para tentar entender todos os detalhes do caso.

"Existe autoria, existe a motivação, agora estamos focados na dinâmica. Essa é a principal função da restituição dos fatos", explicou o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa de Vitória, delegado Marcelo Cavalcante.

O principal suspeito de atirar em Guilherme, segundo a polícia, é o soldado da Polícia Militar Lucas Torrezani. Ele chegou a ser ouvido após o crime mas, em um primeiro momento, foi liberado porque, segundo a polícia, apresentou uma versão de legítima defesa e não havia detalhes sobre o crime.

Horas depois, após as imagens das câmeras de segurança serem entregues à polícia, o delegado pediu a prisão do soldado, que está preso temporariamente. Ele foi convidado para participar da reconstituição, mas, de acordo com a polícia, optou por não comparecer.

"O autor do disparo, juntamente com sua defesa, optou por não participar, com a alegação de que ele não é obrigado a produzir provas contra si mesmo. Isso está dentro do nosso ordenamento jurídico e nós respeitamos", disse o delegado.

De acordo com o delegado, quatro versões do crime foram apresentadas para a polícia, sendo que a versão do suspeito não foi reconstituída porque ele esteve presente. Marcelo ressaltou que a investigação deve ser concluída em breve.

Vídeo mostra momento que PM atira em músico

O crime aconteceu em 17 de abril e foi registrado por câmeras de segurança do condomínio. Nas imagens, é possível ver o momento em que Guilherme entra no hall do prédio onde morava. Lucas e um amigo faziam uma festa no local.

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No vídeo, a vítima e o suspeito aparecem discutindo e, logo depois, começam a se empurrar. O policial pega a arma e atira em Guilherme, que se escora em uma parede e cai. Depois de atirar no músico, o policial ainda aparece bebendo.

*Com informações da repórter Larissa Barcelos, da TV Vitória/Record TV.

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