Polícia

Lavrador diz que esposa matou vendedora em Divino de São Lourenço por ciúmes

Segundo Edimar Aparecido, apontado como o principal suspeito do crime, Rosângela Salino tinha ciúmes de Andriele Lemos somente porque ele olhava para a jovem

Rosângela foi presa, acusada de ter assassinado por ciúmes a vendedora Andriele Lemos Foto: Divulgação/PC

A esposa do lavrador Edimar Aparecido da Silva, de 26 anos, que era apontado pela polícia como principal suspeito de assassinar a vendedora Andriele Aparecida Ambrozini Lemos, de 18, em Divino de São Lourenço, na região do Caparaó, foi presa nesta segunda-feira (1º). O lavrador disse à polícia, em depoimento na última sexta-feira (29), que Rosângela Salino Machado da Silva, de 31 anos, foi a autora do crime.

Segundo ele, a motivação do homicídio foi ciúmes. O acusado, no entanto, confessou que a mulher lhe ofereceu dinheiro para que ele a ajudasse.

Edimar, que continua preso no Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro de Itapemirim, afirmou que nunca teve envolvimento amoroso com Andriele. Segundo o lavrador, ele apenas a olhava quando a jovem passava em frente à sua casa, o que deixava a esposa com ciúmes. A vítima, no entanto, não lhe dava confiança.

Edimar contou que Rosângela é doméstica e saiu do serviço por volta das 13 horas. Em seguida, teria marcado com a vítima de comprar uns produtos de beleza. 

Andriele foi assassinada após sair para vender cosméticos em Divino de São Lourenço Foto: Reprodução

Andriele foi ao local e, ao entrar no quarto de Rosângela, foi atingida com um golpe na cabeça. A suspeita segurava um pedaço de madeira. Depois ela pediu a enxada para o marido, que aguardava do lado de fora, e efetuou outros golpes. 

O casal colocou o corpo em uma carroça e enterrou a vítima no alto de um cafezal. Em seguida, eles voltaram para casa e a mulher limpou o local. Por volta das 16 horas, Edimar deixou a esposa no serviço, de moto, e, em seguida, foi comprar fraldas para a filha do casal, de 7 meses. No fim do dia, os dois voltaram para casa como se nada tivesse acontecido.

Rosângela negou a autoria do crime e disse que o marido está mentindo. Ela alega que trabalhou o dia inteiro na casa da patroa e diz não saber porque Edimar teria inventado toda essa história. Mesmo assim, ela foi encaminhada ao presídio feminino de Cachoeiro de Itapemirim.

Segundo a polícia, 12 pessoas já foram ouvidas sobre o caso e outras ainda devem prestar depoimento. A polícia aguarda ainda o resultado da perícia para concluir o inquérito.

Dois primos de Andriele chegaram a atear fogo na casa de Edimar, na semana passada, por vingança. Eles responderão pelo crime em liberdade.

O corpo de Andriele foi encontrado na manhã do dia 23. Ele estava enterrado em uma cova rasa, em um cafezal desativado que fica em frente à casa onde a jovem morava com a família.

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